Secretária do Ministério da Saúde diz que ‘nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada’ em vacina contra Covid em crianças

Posição enviada ao STF contraria questionamentos do presidente Jair Bolsonaro, que diz haver uma ‘interrogação enorme’ em relação a supostos efeitos colaterais em crianças

Secretária do Ministério da Saúde diz que 'nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada' em vacina contra Covid em crianças
Marcelo Queiroga e Jair Bolsonaro acreditam que a decisão deve vir dos pais (Crédito: Canva)

Uma nota técnica assinada pela secretária extraordinária do ministério da saúde de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, e enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), afirma que a vacina contra Covid para crianças de 5 a 11 anos é segura.

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A posição da secretária subordinada ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vai na contramão dos questionamentos do presidente Jair Bolsonaro (PL), que diz haver “desconfiança” e uma “interrogação enorme” em relação a supostos efeitos colaterais da aplicação de vacinas contra a Covid em crianças.

A secretária diz ainda que a análise técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é feita de “forma rigorosa e com toda a cautela necessária“.

As vacinas [contra a] Covid-19 estão sendo monitoradas quanto à segurança com o programa de monitoramento de segurança mais abrangente e intenso da história do Brasil“, diz o documento.

A nota técnica busca subsidiar a posição da Advocacia-Geral da União (AGU) em ação movida pelo PT no STF, que cobra um cronograma de imunização de crianças contra a Covid-19. O ministro Ricardo Lewandowski determinou que o cronograma deva ser definido até 5 de janeiro de 2022.

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O magistrado também pediu que o governo explique a decisão de recomendar a vacinação de crianças apenas com prescrição médica.

A ideia vem sendo defendida por Marcelo Queiroga, que disse na quinta-feira (23) que o Ministério da Saúde recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.

O presidente Jair Bolsonaro concorda com a recomendação da nota técnica assinada pela secretária extraordinária do ministério da saúde de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, para ele, a decisão sobre vacinar os filhos cabe exclusivamente aos pais. “Eu não posso impor nada para o seu filho menor de idade. Você é o responsável por aquele garoto. Se vai fazer bem ou não, os pais decidem“, disse na sexta-feira (24).

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