sintomas persistentes

Vacinação incompleta aumenta risco de Covid longa; entenda

Pesquisa aponta que não se imunizar com todas as doses da vacina contra Covid-19 aumenta as chances de desenvolvimento da Covid longa

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covid-19-quase-69-milhoes-estao-com-a-dose-de-reforco-atrasada (Crédito: Joe Raedle/Getty Images)

Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (4) aponta que não se imunizar com todas as doses da vacina contra Covid-19 aumenta a chance de desenvolvimento da Covid longa. O estudo é feito pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), segundo informações obtidas pelo portal G1.

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Os pesquisadores identificaram que três em cada quatro pacientes infectados pelo coronavírus relataram sintomas persistentes da doença. E aqueles que não se vacinaram apresentaram 23% mais chance de ter Covid longa se comparados às pessoas que se imunizaram com três ou quatro doses. Entre os que tomaram até duas doses, a probabilidade de desenvolvimento de sintomas persistentes é 8% maior.

Os pesquisadores acompanharam mil pacientes entre 2020 e 2023 para monitorar os efeitos da pandemia a longo prazo. Natan Feter, pesquisador da UFRGS e um dos autores do estudo, explica que os resultados alertam para as consequências da Covid-19.

O que é Covid longa?

A Covid longa é caracterizada pela permanência de sintomas da Covid-19 por três meses ou mais. Entre as queixas mais comuns estão: dores de cabeça, fadiga, perda de olfato e paladar, tosse, queda de cabelo e complicações neurológicas.

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Além das queixas relatadas pelos entrevistados, Feter também destaca que a alta prevalência dos sintomas a longo prazo acarreta a sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS). “A Covid longa se revelou um problema relevante para a saúde pública, tanto pela carga como pela prevalência dos sintomas”, afirma.

Vacinação no Brasil

Apesar dos altos índices de vacinação da população no Brasil, com mais de 518 milhões de doses aplicadas contra a Covid-19, a cobertura da vacina bivalente é baixa.  De acordo com dados do Ministério da Saúde (www.gov.br), apenas 17% da população foi imunizada com a dose bivalente. A vacina serve como um reforço para a imunização realizada com as demais vacinas monovalentes.

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Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início de uma nova etapa de ensaio clínico com uma candidata à vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O estudo é financiado pela universidade, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Prefeitura de Belo Horizonte.

 

 

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