DÉCADAS DE TERROR

Conflito e violência entre Israel e Palestina: Entenda

Em 1947, a ONU propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, mas a proposta foi aceita apenas pelos líderes israelenses; desde então, a região vive em estado de tensão

Conflito e violência entre Israel e Palestina: Entenda
(Crédito Foto: Abid Katib/Getty Images)

O movimento islâmico armado Hamas bombardeou Israel neste sábado (7), pelo horário local, em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. Há centenas de mortos e feridos..

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Ao reivindicar a ofensiva, o Hamas afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território. O conflito entre Israel e a Palestina mistura política e religião e já se estende há décadas, tendo deixado milhares de mortos e feridos em ambos os lados.

Os ataques aconteceram principalmente na parte sul do país. Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”.

Ao reivindicar a ofensiva, o grupo afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território.

O conflito entre Israel e Palestina já dura décadas. Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na Palestina, sob mandato britânico. A proposta foi aceita pelos líderes judeus, mas rejeitada pelo lado árabe e nunca foi implementada.

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Sem capacidade de resolver a situação, os governantes britânicos partiram e o Estado de Israel foi proclamado pelos líderes judeus no ano seguinte, causando revolta entre os palestinos e resultando na Guerra árabe-israelense de 1948.

Em meio a diversos impasses sobre os territórios, em 1967 veio a Guerra dos Seis Dias, que mudou o cenário na região. Vitorioso, Israel tomou à força a Cisjordânia e Jerusalém Oriental,  territórios então controlados pela Jordânia, bem como a Faixa de Gaza, sob administração egípcia. À época, 500 mil palestinos fugiram.

Desde então, em meio a outros conflitos e enfrentamentos, o país anexou Jerusalém Oriental (onde estão localizados santuários venerados por cristãos, judeus e muçulmanos) e continua a ocupar a Cisjordânia, mas se retirou em 2005 da Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islâmico Hamas desde 2007.

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A solução de referência da comunidade internacional é a criação de um Estado palestino que coexista em paz com Israel.

A resolução do conflito, porém, ainda se choca em disputas que parecem cada vez mais sem soluções a curto prazo, como a segurança de Israel, as fronteiras, o estatuto de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos que fugiram ou foram expulsos de suas terras, por exemplo.

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