PERFIL ARGENTINA

Esquerda e sindicatos já se preparam para o confronto contra Milei

Líderes dos movimentos sociais tomaram o discurso de posse como ponto de partida para iniciar uma relação que será tensa face às medidas económicas de choque prometidas pelo novo presidente

Esquerda e sindicatos já se preparam para o confronto contra Milei
Posse de Javier Milei (Crédito: Sérgio Piemonte/Perfil)

A esquerda e os sindicatos tomaram o discurso de posse do presidente Javier Milei como um ponto de partida para o confronto, em face às medidas econômicas de choque que o novo mandatário prometeu. Milei já avisou também que estas mudanças terão um impacto especial nos mais vulneráveis.

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O líder do Movimento dos Trabalhadores Excluídos (MTE) e ex-candidato pela União pela Pátria, Juan Grabois, criticou o discurso “messiânico” de Milei com uma “análise histórica do ‘gorila’” para “justificar o choque, o ajuste ao Estado, as privatizações e as demissões”.

“A partir deste momento, espere de nós uma oposição política e ideológica frontal, intelectualmente honesta, mas implacável nos seus princípios”, observou Grabois na sua conta na rede social X (antigo Twitter).

Da mesma forma, o líder social admitiu: “É verdade que Milei marca uma viragem que deve servir de reflexão para o campo nacional, popular, latino-americano, que se encontra numa enorme crise intelectual, moral e política e gentrificado”.

Por sua vez, o chefe do bloco União pela Pátria no Senado, José Mayans, criticou em particular o fato de Milei ter optado por fazer o seu discurso de investidura nas escadas do Congresso, perante o público, e não perante os deputados: “Esperávamos uma saudação, principalmente das delegações presentes (…). Pedimos respeito pela representação que temos caso contrário o Congresso não poderá funcionar”.

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O líder da Corrente Classista e Combativa, Juan Carlos Alderete, indicou que “Milei, em sua campanha, disse que ia ajustar a política, que era a casta que ia pagar o ajuste, que quem trabalha não íamos sofrer “o peso das mudanças”. “E a verdade é que, se cumprirem a tomada das medidas que estão a antecipar, as pessoas vão passar maus momentos, a grande maioria vai sofrer o ajustamento brutal que prepararam”, destacou em declarações ao jornal La Nación.

*A reportagem completa você encontra no site Perfil.com

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