REDES SOCIAIS

Rumble: conheça a plataforma que conquistou bolsonaristas

Autointitulada como “imune à cultura do cancelamento”, a rede social já foi mencionada em decisão do Supremo, de 11 de janeiro, que pedia o bloqueio da conta do podcaster Bruno Aiub, conhecido como Monark.

(crédito: reprodução/Rumble)

Baseada no compartilhamento de vídeos, a plataforma Rumble, é uma das redes sociais mais populares entre o público de direita e apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro.

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A proposta da rede social, que foi criada em 2013 no Canadá, é semelhante ao YouTube. Nela é possível partilhar vídeos sem limite de tempo. Atualmente com pouco mais de 71 milhões de usuários, ela promete ser “imune a cultura do cancelamento” e vem atraindo influenciadores brasileiros, principalmente os de viés político da direita.

A rede foi citada em suspensões impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no último dia 11 de janeiro. Isso, porque o ministro pediu para que o conteúdo de influenciadores como como Bruno Aiub, conhecido como Monark, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos fossem suspensos.

Nesta rede, eles mantêm a produção de conteúdos que são disparados em aplicativos de mensagens, intensificando o diálogo com apoiadores de Bolsonaro. Os discursos geralmente são críticos e contrários as decisões da Corte Eleitoral e em apoio às manifestações que contestam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Monark é um dos influenciadores brasileiros mais seguidos na plataforma,  já tem mais  263 mil seguidores em seu perfil no Rumble. Assim como fazia no YouTube antes de ser suspenso, tem um quadro de entrevista com convidados: “Começa agora mais um programa proibido pelo Estado, literalmente, né? Bizarro falar isso e não estar exagerando. Se você quer participar de uma cultura antisistema, tem esse podcast aqui, que foi banido de todos os sistemas. Menos do Rumble, que está garantindo minha liberdade, por enquanto”, disse em um vídeo publicado em 20 de janeiro.

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O blogueiro Allan dos Santos, que está nos Estados Unidos e tem um mandado de prisão preventiva expedido pelo Supremo, também está no Rumble. A plataforma também conta com o perfil do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, o ex-deputado Arthur do Val (União Brasil-SP). Todos foram alvos de bloqueios nas redes tradicionais, por reproduzirem falas antidemocráticas.

SOBRE O RUMBLE

Segundo o relatório financeiro da empresa o aumento foi de 97% no último ano. Segundo Chris Pavlovski, criador da plataforma, o objetivo era oferecer uma alternativa aos “pequenos criadores de conteúdo [que] rapidamente perderam a prioridade nas plataformas existentes em favor de influenciadores, corporações e grandes marcas”.

Em entrevista ao jornal norte-americano Washington Post, Pavloski classificou a moderação do conteúdo na plataforma como similar às big techs de “10 anos atrás”. Porém, a rede social proíbe conteúdos obsceno, como pornografia, nudez e exploração infantil. Pavloski declarou que:  “não se envolve em opiniões científicas, pois a plataforma não tem experiência científica e não quer fazer isso”.

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O Rumble ganhou popularidade em 2020, quando foi realizada a última eleição presidencial nos Estados Unidos, quando políticos e apoiadores de direita começaram a ter suas contas nas plataformas tradicionais bloqueadas e precisaram de uma nova alternativa para se comunicarem com seu público.

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