
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (9) um reajuste de 8,87% do diesel nas refinarias, após quase dois meses sem mexer em seu preço. O núcleo político do governo e aliados no Congresso avaliam a concessão de um subsídio ao diesel.
Em 12 meses, o combustível acumula alta de 52,53%, conforme o IPCA-15, e este é o primeiro aumento da gestão de José Mauro Coelho, que assumiu a estatal recentemente. A medida de um subsídio para o diesel se somaria à discussão entre os ministérios de uma proposta para amenizar também o impacto dos reajustes das tarifas de energia autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo o portal InfoMoney, já tramitam no Congresso, em caráter de urgência, projetos para suspender novas altas nos preços. Especialistas apontam que o novo reajuste do diesel pressionará ainda mais a inflação e que recai principalmente sobre os transportes.
Para conceder o subsídio, seria necessário que o governo e Congresso fizessem mudanças no teto de gastos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco se reunirá com Paulo Guedes, ministro da Economia para tratar sobre o tema. Em relatório, a corretora Ativa Investimentos aponta que o um reajuste da gasolina deve acontecer em breve. “Acreditamos ainda haver um potencial para a companhia reajustar a gasolina, o que pode ter sido evitado num primeiro momento, mas deve acontecer durante os próximos dias/semanas”.
– O presidente fez um apelo para que a Petrobras não implemente um novo reajuste nos preços dos derivados e classificou como “absurdo”, “estupro” e “abusivo” o lucro da empresa. O presidente voltou a lembrar que zerou os impostos federais sobre o óleo diesel. pic.twitter.com/kOQPYMiIND
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 6, 2022