Chang'E-6

O que se sabe sobre sonda lunar lançada pela China?

O objetivo do país é pousar no lado escuro da Lua e coletar dados cruciais para impulsionar as ambições no satélite natural

Considerado um grande passo para o programa espacial do país, a sonda lunar Chang'E-6 decolou em um foguete Long March-5.
Lançamento de sonda lunar da China – Crédito: CCTV

A China lançou uma missão lunar não tripulada nesta sexta-feira (3), que visa trazer amostras do lado escuro da Lua pela primeira vez na história. Considerado um grande passo para o programa espacial do país, a sonda lunar Chang’E-6 decolou em um foguete Long March-5 do Centro de Lançamento Espacial de Wenchang.

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A missão lunar robótica mais complexa da China ocorreu na ilha de Hainan, no sul do país, onde os fãs se reuniram para acompanhar o momento histórico. Como objetivo, a expedição busca coletar amostras que possam oferecer descobertas sobre as discrepâncias entre essa região menos explorada e o lado mais conhecido.

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A missão acontece enquanto um número crescente de países, incluindo os Estados Unidos, buscam os benefícios estratégicos e científicos da exploração lunar expandida em um campo cada vez mais competitivo.

No entanto, esta missão não procura apenas fortalecer o posicionamento da China como potência espacial dominante. O país também prepara o terreno para futuros pousos tripulados na lua até 2030.

Importância da sonda lunar Chang’E-6

A expedição, programada para durar 53 dias, tem como objetivo pousar um módulo de pouso em uma cratera no lado distante da lua, que nunca está voltado para a Terra, mais conhecido como o lado escuro da Lua. A China se tornou o primeiro e único país a realizar um pouso nessa região durante a missão Chang’E-4 em 2019. 

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Qualquer amostra do lado distante coletada pela sonda lunar Chang’E-6 pode ajudar os cientistas a compreender a evolução da lua e do sistema solar, além de fornecer dados cruciais para impulsionar as ambições lunares da China. 

“O Chang’E-6 visa alcançar avanços na tecnologia de design e controle da órbita retrógrada da lua, tecnologias inteligentes de amostragem, decolagem e ascensão e retorno automático de amostras no lado distante da lua”, disse Ge Ping, vice-diretor do Centro de Exploração Lunar e Engenharia Espacial da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), na semana passada, no local de lançamento.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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