Em 8 dias será feito o leilão das frequências para o novo padrão de conectividade móvel que trará internet de alta velocidade para o Brasil, o 5G. As operadoras interessadas em participar do certame têm até hoje (27) para enviar propostas para a concessão dos serviços de telecomunicações que serão ofertados pelo governo federal no dia do leilão, marcado para 4 de novembro.
“Além de revolucionar as telecomunicações com um novo padrão, 100 vezes mais rápido que o atual 4G, os valores arrecadados garantem a inclusão digital e social de 40 milhões de brasileiros que ainda vivem no deserto digital”, informou em nota o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Segundo Faria, o leilão poderá trazer US$ 1,2 trilhão em investimentos para o Brasil a longo prazo.
O chamado deserto digital compreende áreas de baixo desenvolvimento socioeconômico e áreas isoladas que ainda não possuem cobertura de internet, como cidades com menos de 50 mil habitantes, extensas áreas rurais, estradas e rodovias.
De acordo as regras do edital, que foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 25 de agosto, quem arrematar o direito de uso das frequências do 5G deverá, como obrigação contratual, expandir a área de alcance do sinal 4G para áreas que não são cobertas ainda pelo serviço. O documento também regulamenta a expansão da infraestrutura de fibra óptica na região Amazônica, nas rodovias federais e em escolas públicas distribuídas em todo o país.
Serão leiloadas radiofrequências em quatro faixas: 700 megahertz (mhz); 2,3 gigahertz (ghz); 3,5ghz e 26ghz. Destas, as faixas de 3,5ghz e 26ghz são exclusivas para operação do chamado 5G puro, enquanto as outras são híbridas, e servem tanto para o 4G quanto para o novo padrão. Provedores de banda larga poderão disputar os blocos regionais com o objetivo de expandir o serviço de fibra ótica e oferecer internet de alta velocidade para novas regiões.
Fábio Faria informou que apenas algumas capitais terão o serviço ainda em 2021. A previsão é que o 5G esteja disponível em todas as capitais até o segundo semestre de 2022, informou o ministro.
(Agência Brasil)