Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira(1º), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que as chuvas extremas serão “o maior desastre já enfrentado” pelo estado. O político ainda falou sobre a dificuldade de resgatar todas as pessoas afetadas pelos temporais.
“Nós estamos vivendo um momento muito crítico no estado”, disse Leite. De acordo com a Defesa Civil, as tempestades e enchentes já deixaram 10 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos. Além disso, pelo menos 4,4 mil estão desalojados ou desabrigados, conforme o último boletim.
Leite pediu que os habitantes das cidades mais afetadas saiam de casa porque as forças de segurança não conseguirão ir até todos os locais de resgate. “Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades”, disse.
107 municípios registraram problemas provocados pelas chuvas. O risco de tempestade deve continuar pelas próximas 36 horas, segundo a previsão do tempo.
Me espanta o silêncio sobre o caos que está aqui no Rio Grande do Sul.
A situação está CAÓTICA. Toda ajuda é bem vinda.
DIVULGUEM!! pic.twitter.com/ElL9rvIWDx
— Pedro Accorsi (@pedroaccorsi_) May 1, 2024
Governo federal
Leite informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (2). O governador pediu ajuda às Forças Armadas, mas as condições climáticas dificultaram os resgates com os helicópteros enviados.
“Reforcei que precisamos da participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra. Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos para serem superados e precisamos da atuação das Forças Armadas”, afirmou.
Chuvas em 2023
Durante a coletiva, Leite também ressaltou a diferença entre as chuvas que atingem os gaúchos neste momento e as que afetaram o estado em 2023.
“A diferença do que aconteceu no ano passado é que, momento crítico, no vale do Taquari, nós tivemos uma enxurrada, mas em seguida, o tempo nos deu condição de entrar em campo para fazer socorro, resgate, salvar centenas de vidas naquelas condições. Atualmente, estamos tendo muitas dificuldades para colocar as equipes em campo, seja do Exército, seja da Brigada Militar, seja do Corpo de Bombeiros, nós estamos tendo muitas dificuldades de fazer os resgates.”
No ano passado, os eventos climáticos extremos provocaram a morte de 16 civis em junho, 54 em setembro e cinco em novembro.