O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) afirmou, em um jantar com empresários neste domingo (23), que o “MST [Movimento dos Sem Terra] mudou” e que há “espaço para todo mundo”. Alckmin é vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante o jantar, o ex-tucano foi questionado pela plateia que o assistia sobre como seria a “política de invasão de terra” caso Lula seja eleito. Em resposta, Alckmin afirmou que “as pessoas têm uma visão equivocada do MST” e que o grande risco para o agronegócio é o “governo bozo”, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL), arrancando risos e aplausos dos presentes, segundo a coluna da jornalista Monica Bergamo na Folha de S.Paulo.
“A União Europeia já aprovou. Onde tem desmatamento não pode importar. É o Lula que vai reinserir o Brasil na economia mundial, que vai fazer acordos internacionais, preservar o meio ambiente, combater a questão do clima”, continuou Alckmin no encontro com empresários.
Ameaças à democracia, às instituições e seus representantes são péssimos para qualquer negócio. Nesta noite, centenas de juristas e empresários declararam hoje apoio a @LulaOficial presidente e @Haddad_Fernando e @ProfLuciaFranca para o governo de SP. pic.twitter.com/N5t6sJHu6a
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 1️⃣3️⃣ (@geraldoalckmin) October 24, 2022
O ex-governador discursou ao lado do candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, e das deputadas federais eleitas Marina Silva (Rede) e Tabata Amaral (PSB).
Em sua fala, Fernando Haddad buscou um tom conciliatório:
“É uma coisa até inusitada, mas hoje eu estava fazendo carreata, no Jardim Ângela [zona sul da capital paulista], com [o líder sem-teto e deputado federal eleito Guilherme] Boulos e com Alckmin no [mesmo] carro. (…) A gente tem diferenças que vale a pena explorar num debate eleitoral. Mas não é isso o que está em jogo hoje, se você é trabalhista, um social-democrata ou socialista. Estamos tratando de outra coisa, se vamos respirar ou não”, disse.