Ex-candidatos à Presidência da República se reuniram com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em um hotel de São Paulo nesta segunda-feira (19) para declarar apoio ao petista contra Jair Bolsonaro (PL).
Se reuniram os políticos Guilherme Boulos (PSOL), Luciana Genro (PSOL), Cristovam Buarque (PDT), Marina Silva (Rede), Fernando Haddad (PT), Henrique Meirelles (MDB) e João Vicente Goulart (PPL).
O vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), que também já se candidatou à presidência, estava presente prestando seu apoio.
De acordo com o Datafolha, divulgado na quinta-feira (15), Lula tem 45% das intenções de voto no 1º turno, e Bolsonaro, 33%. Enquanto o Ipec aponta cenário semelhante: 46% para Lula e 31% para Bolsonaro.
* Leia também:
Apoio
Durante a reunião, a atual deputada estadual Luciana Genro, que já foi filiada ao PT, defendeu o voto em Lula como uma maneira de vencer Bolsonaro e formar uma “frente antifascista.”
“Nos unimos aqui, em torno de ti, meu prezado Lula, do teu nome, da tua força política, da tua liderança política enquanto uma referência de massas para o povo brasileiro, porque nós temos a convicção de que a tua eleição vai nos possibilitar respirar novamente para poder lutar por uma verdadeira democracia“, disse Luciana.
O ex-senador e ex-ministro da Educação de Lula, Cristovam Buarque também anunciou apoio ao ex-presidente. “Eu estou aqui, em primeiro lugar, porque o Lula é o melhor que nós temos hoje para presidir o Brasil. De todos os candidatos, isso eu já falo há bastante tempo, é o que tem mais condições de trazer coesão e rumo para o Brasil“, disse.
Buarque ainda se manifestou pela necessidade que vê de Lula vencer no segundo turno. “Será uma tragédia termos o segundo turno. Eu não tenho dúvida de que ele (Lula) ganhará no segundo turno, se houver segundo turno. Mas serão quatro semanas imprevisíveis do ponto de vista de violência nas ruas, do ponto de vista de ‘fake news’ para todos os lados“, afirmou.
João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart, que foi deposto pelo golpe militar de 1964, defendeu a eleição de Lula para evitar o risco de que o Brasil tenha uma nova ditadura.
Já o ex-ministro da Fazenda no governo Michel Temer e ex-presidente do Banco Central no governo Lula, Henrique Meirelles fez duras críticas ao desenvolvimento econômico do Brasil durante o último governo.
“O que interessa é emprego, é renda para a população e mostrar quem faz, quem realiza. Essa história de só falatório pode impressionar muita gente, mas eu acredito em fatos. Eu olho e vejo o resultado do seu governo e isso nos faz estar aqui. Portanto, vamos em frente, estou aqui com tranquilidade, com confiança, porque eu sei o que funciona e o que pode funcionar no Brasil“, disse.
Hoje é um dia alegre para mim. Esse encontro simboliza a vontade de todos em recuperar a democracia desse país. Vamos juntos pelo Brasil! #BrasilDaEsperança
📸: @ricardostuckert pic.twitter.com/BFz0FQr8UI
— Lula 13 (@LulaOficial) September 19, 2022
Retribuindo o carinho
Após receber todo esse apoio, Lula afirmou que enxerga uma vontade de “recuperar a democracia no Brasil”.
“É um dia alegre porque essa reunião aqui simboliza a vontade que as pessoas têm de recuperar a democracia no nosso país. E todo mundo sabe que a democracia não é um pacto de silêncio, todo mundo silenciosamente vendo um governo governar. Não, a democracia é justamente o contrário: é a sociedade se movimentando dia e noite na perspectiva de conquistar melhores condições de vida para o povo brasileiro“, disse o ex-presidente.