A Rainha do Pop, Madonna, está no Brasil desde segunda-feira (29), para se preparar para uma apresentação gratuita que acontece neste sábado (4), na praia de Copacabana. Em seus 40 anos de carreira, celebrados na turnê “The Celebration Tour“, ela teve muitas conquistas, mas também foi inevitável se envolver em algumas polêmicas.
Hoje, com 65 anos, a americana teve suas ideias muito estampadas em sua música e suas atitudes. Depois que lançou seu primeiro single, Everybody, em outubro de 1982, ela nunca mais parou. De letras icônicas e clipes controversos, até relacionamentos, Madonna sempre deu um jeito de se manter na boca do povo.
Madonna foi censurada pelo Vaticano
O ousado disco “Like a Prayer” foi repudiado pelo Vaticano, e o Papa João Paulo II proibiu a artista de entrar na Itália. O clipe de “Like a Prayer”, com cruzes pegando fogo e a cantora beijando um santo negro, fez com que ela perdesse um patrocínio milionário da Pepsi para sua turnê. Isso porque um comercial filmado para a marca tinha trechos do clipe.
Em 2023, Madonna celebrou o aniversário do lançamento nas redes sociais: “Há 34 anos, fiz um comercial com a Pepsi para comemorar o lançamento da minha música Like a Prayer. O comercial foi imediatamente cancelado quando me recusei a mudar qualquer cena do vídeo em que beijava um santo negro e queimava cruzes”. A artista também agradeceu à marca por ter reconhecido a importância da campanha posteriormente.
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Relacionamento abusivo
Madonna e Sean Penn ficaram só quatro anos casados na década de 1980. Mesmo assim, o relacionamento se tornou um dos mais famosos do showbusiness e especulações sobre o período em que a rainha do pop e o ator ficaram juntos continuam sendo feitas até os dias de hoje.
Os dois viveram um relacionamento turbulento e com boatos de agressão. Penn atirou em helicópteros que tentavam filmar a cerimônia de casamento. Também chegou à mídia o rumor de que ele teria deixado a cantora amarrada em casa antes de sair para beber com os amigos. Madonna negou esse boato em 2015.
Outro episódio polêmico desmentido por Madonna também foi o que supostamente teria ocorrido em dezembro de 1989. Na época, ela foi até o escritório do xerife de Malibu para denunciar Penn por agressão doméstica. Ele foi então acusado de “lesão corporal e condições traumáticas”. No entanto, logo na manhã seguinte, ela retirou todas as queixas, o que tornou o caso ainda mais suspeito para a mídia.
Anos depois, Madonna e Penn continuam trocando elogios publicamente. O ator marcou presença em shows da cantora pop e eles até mesmo fizeram uma brincadeira sobre se casarem de novo. Atualmente, Madonna está em um relacionamento com o dançarino Ahlamalik Williams.
Ousadia nas turnês
Madonna provocou vários escândalos durante suas turnês. A turnê “Blond Ambition”, de 1990, foi muito ousada com a celebração do sexo e da homossexualidade, que era consideravelmente menos aceita na época. Provocou puritanos, ao lado dos dançarinos.
As coreografias incluíam movimentos e gestos nos quais os dançarinos simulavam masturbar Madonna enquanto ela cantava “Like a Prayer”, uma cena que levou a polícia de Toronto, no Canadá, a advertir sobre a possibilidade de detenção. Durante a mesma turnê, Madonna passou a usar o sutiã em formato de cone criado pelo francês Jean-Paul Gaultier, que virou uma de suas marcas registradas.
Madonna é considerada um ícone pela comunidade LGBTQIA+
A cantora sempre foi muito clara com a sua defesa pela diversidade. Ela é reconhecida por ser a primeira artista a expor ao grande público temas explicitamente ligados à comunidade gay, além de ter sido uma das primeiras a educar o público sobre a AIDS em uma época em que os soropositivos eram estigmatizados.
Em 2003, Madonna beijou Britney Spears e Christina Aguilera no palco do prêmio VMA. A cena emblemática levou os fãs de pop à loucura e fez história na premiação.
Todavia, em outubro de 2022, a cantora publicou e apagou um vídeo sugerindo ser gay, além de ter aparecido trocando beijos com a rapper Tokischa em algumas ocasiões. Com isso, Madonna foi acusada de queerbaiting — uma técnica de marketing que sugere um romance LGBTQIA+ entre pessoas que não são representativas da sigla.
* Sob supervisão de Lilian Coelho
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