Nesta quarta-feira, 16, a cidade de Nabatieh, localizada no sul do Líbano, foi alvo de uma série de bombardeios realizados por Israel. Esses ataques deixaram pelo menos 16 mortos e 52 feridos, entre eles o prefeito de Nabatieh, Ahmed Kahil. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde do Líbano.
De acordo com Howaida Turk, governadora da província de Nabatieh, o ataque consistiu em 11 bombardeios. Ela descreveu a cena como um “cinturão de fogo” e classificou o incidente como um “massacre”. O Exército israelense, por sua vez, alegou que seus alvos eram infraestruturas do Hezbollah, destacando “infraestruturas terroristas, centros de comando e depósitos de armas” entre os alvos atingidos.
Fontes no local relatam que equipes de resgate estão trabalhando para retirar escombros e procurar sobreviventes. Paralelamente, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, afirmou que o ataque foi deliberadamente direcionado à sede da prefeitura, onde ocorria uma reunião do conselho municipal para discutir questões de serviços e alívio na cidade.
Eliminated.
Nabatyeh Mayor Ahmed Kahil, Sadiq Ismail, Khader Kadeh and Qasim Hijazi, as well as “journalists” Muhammad Bitar and Muhammad Zahari, were killed in an attack in Nabatyeh. This is what’s left of the Nabatyeh municipal court house after IAF airstrike targeted them.… pic.twitter.com/VoWrFHQIL8
— Love Majewski (@MajewskiLove1) October 16, 2024
Reações internacionais e internas aos ataques no Líbano
Jeanine Hennis-Plasschaert, coordenadora especial da ONU para o Líbano, condenou o ataque, classificando-o como uma “violação inaceitável do direito internacional”. Esta preocupação se alinha a temores de que alvos civis e edifícios públicos possam ser cada vez mais incorporados aos objetivos militares de Israel, uma possibilidade preocupante para muitas entidades internacionais e locais.
O recente bombardeio em Nabatieh ocorreu após uma ordem de Israel solicitando o esvaziamento da área, um procedimento que, segundo o governo israelense, visava mitigar o risco de vítimas civis. No entanto, relatos de testemunhas sugerem que a escala dos ataques frequentemente supera as advertências iniciais.
Com o aumento das hostilidades, a assistência humanitária e os esforços de reconciliação na região estão no centro das discussões internacionais, buscando aliviar o sofrimento dos civis e restabelecer a estabilidade em meio ao prolongado conflito. As atenções se voltam agora para novas medidas diplomáticas que possam emergir diante deste crescente clima de tensão.