O Ministério da Saúde assinou, nesta terça-feira (21), um acordo de cooperação técnica com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Por meio dele, as pastas do Executivo se comprometem a criar as condições para que produtores da agricultura familiar, assentados, povos e comunidades tradicionais possam fornecer plantas medicinais para uso no Sistema Único de Saúde (SUS), além de outros mercados públicos e privados. O termo foi assinado durante a 24ª edição do Grito da Terra – manifestação que, desde 1994, reúne, em Brasília, os movimentos do campo, da floresta e das águas.
Com a assinatura da parceria, o Ministério da Saúde se compromete a: fomentar pesquisas para estabelecer protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para uso de plantas medicinais e fitoterápicos; mapear os serviços no SUS que cultivam, dispensam, manipulam e orientam o uso desses insumos em estados e municípios, bem como as experiências de aquisição dos insumos com pequenos agricultores, assentados, povos e comunidades tradicionais, povos de terreiro, de matriz africana e quilombolas.
O assessor especial da Saúde dos Territórios Vulneráveis, Favelas e Periferias do ministério, Valcler Rangel, afirma que os princípios que orientam esse acordo são as formas que a transição agroecológica, a inclusão produtiva e a sustentabilidade podem ser articuladas na atenção à saúde, fortalecendo o SUS. “A ideia é, de algum modo, unir esse conhecimento tradicional e popular, e cruzá-lo com o conhecimento científico, respeitando as particularidades de cada cultura e de cada abordagem do conhecimento”, explica.
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