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RS tem 20 mortes por leptospirose confirmadas após enchentes

Estado tem 3,8 mil notificações de casos em investigação; todos os falecidos são homens

leptospirose
RS confirma a vigésima morte no estado por leptospirose – Créditos: Reprodução/Agência Brasil

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou, na última segunda-feira, uma nova morte por leptospirose, totalizando 20 óbitos. Todos os falecidos são homens.

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O governo estadual alerta que as chuvas recentes aumentam o risco de leptospirose entre a população afetada pelas enchentes. A doença é transmitida através de água contaminada com urina de ratos e pode ser fatal sem tratamento adequado.

Segundo o informe epidemiológico do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde, outras sete mortes estão sob investigação.

Após as enchentes do mês passado, o estado registrou 5.439 casos notificados de leptospirose, com 353 confirmações (6,5%), 1.255 descartes e 3.831 ainda em investigação. Porto Alegre tem o maior número de casos notificados, com 1.597 registros.

A Força Nacional do Sistema Único de Saúde relatou que, na última quinta-feira (13), a leptospirose representou 3,4% do total de hipóteses de diagnóstico entre os atendimentos realizados no Rio Grande do Sul.

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Sintomas da leptospirose

Os sintomas iniciais da leptospirose incluem dores de cabeça e musculares, especialmente na panturrilha e região lombar, além de calafrios, febre, náuseas e perda de apetite. Outros sintomas são a hemorragia conjuntival, que se caracteriza por pequenos acúmulos de sangue sob a conjuntiva, e uma sensibilidade aumentada à luz.

A fase avançada da doença pode apresentar icterícia intensa com coloração alaranjada, insuficiência renal aguda e hemorragias, incluindo no pulmão. A Secretaria Estadual da Saúde orienta que cidadãos com esses sintomas busquem imediatamente a unidade de saúde mais próxima ao notar os primeiros sinais.

Prevenção e cuidados

Com o retorno das chuvas intensas, é importante que os cidadãos evitem caminhar, nadar ou se banhar em águas de enchente.

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Se o contato com a água, lama das inundações e esgoto contaminado for inevitável, deve-se utilizar luvas e calçados impermeáveis, como botas de borracha. Na ausência desses itens, é recomendável o uso de sacos plásticos duplos sobre sapatos e mãos.

É essencial não consumir água nem alimentos que possam ter sido contaminados pelas águas das inundações.

Em caso de cortes ou arranhões, deve-se evitar o contato com a água contaminada e proteger os ferimentos com curativos adequados.

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Orientações

Se alguém teve contato com a água de enchentes ou lama e manifestar sintomas, deve buscar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.

Pessoas com sintomas de leptospirose, especialmente aquelas que estiveram em áreas inundadas nos últimos 30 dias, devem começar o tratamento com antibióticos sem demora. Em casos leves, o tratamento pode ser feito ambulatorialmente, mas em situações graves, a internação hospitalar é necessária para prevenir complicações e reduzir o risco de morte.

Amostras de sangue coletadas após o sétimo dia do aparecimento dos sintomas devem ser enviadas somente ao Laboratório Central do Estado.

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A leptospirose é uma doença de notificação obrigatória. Qualquer caso suspeito deve ser reportado pelos profissionais de saúde à Secretaria Municipal de Saúde dentro de um prazo de 24 horas.

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