Graves inundações causadas por fortes chuvas após o tufão Gaemi atingiram a província de Hunan, no sul da China, resultando na morte de 30 pessoas e deixando 35 desaparecidas, conforme informou a emissora estatal CCTV nesta sexta-feira (2). Bombeiros e soldados foram vistos percorrendo estradas lamacentas nas montanhas e áreas de deslizamentos de terra para retirar residentes presos em aldeias cercadas por enchentes.
A cidade de Zixing sofreu o impacto mais severo do tufão em Hunan, recebendo impressionantes 673,9 mm de chuva em apenas 24 horas. Este valor representa um quarto da precipitação média anual da região, segundo autoridades locais em entrevista coletiva na mesma sexta-feira. Nas aldeias montanhosas próximas, as estradas foram severamente danificadas e as pontes foram destruídas, complicando ainda mais as operações de resgate.
Nessa batalha contra o tempo, o terreno montanhoso e as florestas densas em Hunan apresentam desafios adicionais para as equipes de resgate. Isoladas por desmoronamentos de estradas, muitas áreas precisam ser alcançadas a pé. Imagens de drones transmitidas pela CCTV mostraram centenas de deslizamentos de terra cobrindo vastas áreas montanhosas, complicando as ações de socorro.
Quais foram as condições meteorológicas que precederam o tufão Gaemi?
Antes da chegada do tufão Gaemi, em 25 de julho, a China já enfrentava meses de condições climáticas extremas. As províncias do sul foram particularmente atingidas por chuvas recordes, enquanto regiões do norte sofreram com ondas de calor intensas. Essa combinação de eventos meteorológicos extremos colocou as equipes de emergência em alerta máximo.
As autoridades locais em Hunan e outras regiões já estavam em estado de prontidão devido às previsões de condições meteorológicas severas. As operações de resgate envolvem uma colaboração intensa entre bombeiros, soldados, médicos e voluntários.
As autoridades meteorológicas da China estão alertando para a possibilidade de um clima ainda mais severo em agosto de 2024. Com base nas previsões, medidas preventivas estão sendo intensificadas para evitar maiores tragédias. Esses esforços incluem desde a melhoria da infraestrutura para resistir a desastres naturais até a mobilização de recursos para resposta rápida.