eleições municipais

SP: Quase 50 mil anularam seus votos para prefeito digitando 13, do PT

Ao todo, foram 664.536 votos nulos e em branco na capital paulista, representando 9,81% do eleitorado total, de acordo com o TRE

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Urna eletrônica – Crédito: Reprodução/TRE-RN

No último domingo (6), a eleição municipal em São Paulo foi marcada por um número expressivo de votos nulos, especialmente devido a confusões numéricas entre os eleitores. Segundo levantamento do GLOBO com base na análise do Registro Digital de Voto das urnas, cerca de 48,1 mil eleitores optaram pelo número 13, associado ao Partido dos Trabalhadores (PT), mas acabaram anulando seu voto. Este foi o segundo número mais votado entre os nulos, perdendo apenas para o “00”.

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A disputa para a prefeitura de São Paulo foi acirrada, tendo Ricardo Nunes, do MDB, como o primeiro colocado, superando o deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, por apenas 25 mil votos. A diferença apertada destacou a importância dos votos nulos devido ao número errado, que poderiam ter mudado o resultado a favor de Boulos se alguns desses eleitores tivessem votado corretamente.

Qual foi o impacto dos votos nulos na eleição?

A confusão com os números dos candidatos se mostrou crítica nesta eleição. Guilherme Boulos, que tinha o apoio do PT mas concorria pelo PSOL, precisava que seus eleitores digitassem o número 50 na urna. Durante a campanha, porém, houve relatos de desinformação que levaram muitos eleitores a acreditar que o número para Boulos seria 13. Esse erro foi especialmente enfatizado por Pablo Marçal, candidato pelo PL, que utilizou estrategicamente essas confusões em seu favor durante os debates.

Como a desinformação impactou as zonas eleitorais?

Algumas zonas eleitorais foram mais impactadas pela desinformação, com destaque para São Mateus, na Zona Leste, onde 1,3% dos votos foram nulos devido à escolha do número 13. Essa tendência se repetiu em outras áreas periféricas como Jardim Helena e Cidade Tiradentes, onde Boulos venceu a eleição. Na Cidade Dutra, na Zona Sul, a influência dos votos nulos foi ainda mais notável, com 1.797 votos erroneamente direcionados ao número 13, o que poderia ter mudado o vencedor local.

A estratégia de desinformação foi proposital?

De acordo com a equipe de campanha de Boulos, a desinformação foi amplamente disseminada por seus adversários políticos, criando uma nuvem de fake news durante a campanha. Pablo Marçal, um dos concorrentes, frequentemente feria sua campanha com afirmações incorretas sobre o número de Boulos, gerando confusão. A legisladora Tabata Amaral também enfrentou desafios semelhantes, tendo seu número de campanha erroneamente associado ao número 13 em uma tentativa de alusão ao PT.

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