Oriente Médio

Irã avisa EUA que qualquer novo ataque israelense será retaliado

O diálogo com outros países da região visa formar uma frente unida que possa mitigar as pressões aumentadas devido às hostilidades recentes

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Ataques israelenses – Crédito: Getty Images

A relação tumultuada entre o Irã e Israel experimentou uma nova onda de tensões após recentes ataques com mísseis atribuídos ao Irã. Segundo fontes diplomáticas em Teerã, o governo iraniano alertou os Estados Unidos e outras nações do Oriente Médio sobre sua intenção de retaliar qualquer novo ataque empreendido por Israel. Esta informação desafia algumas narrativas que circulam nas últimas semanas, disse uma fonte à CNN.

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Neste cenário, o Irã tem empreendido esforços diplomáticos intensos, buscando apoio de seus vizinhos no Oriente Médio para atenuar possíveis respostas agressivas de Israel. Fontes indicam que esses esforços têm como objetivo tanto desestimular a retaliação israelense quanto proteger Teerã, caso medidas de escalada se concretizem. O diálogo com outros países da região visa formar uma frente unida que possa mitigar as pressões aumentadas devido às hostilidades recentes.

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, está envolvido em negociações com Israel sobre uma resposta apropriada aos acontecimentos de 1º de outubro. É de conhecimento público que as autoridades americanas têm enfatizado a necessidade de uma resposta proporcional por parte de Israel e têm desencorajado ataques a instalações nucleares e campos de petróleo do Irã. O presidente Joe Biden reiterou essa posição durante uma conversa com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, destacando as preocupações com eventuais escaladas descontroladas.

Preocupações dos aliados do Golfo com o Irã

As dinâmicas regionais entraram em foco com os aliados dos EUA no Golfo, como Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Catar, expressando suas apreensões quanto ao impacto potencial de um ataque aos ativos estratégicos iranianos. Um diplomata árabe mencionou à CNN que há temor sobre os efeitos econômicos e ecológicos adversos que um ataque dessa magnitude poderia gerar, trazendo incertezas para toda a zona do Golfo.

Em meio a essas tensões, o gabinete de segurança de Israel ainda não finalizou uma estratégia sobre como proceder em resposta ao ataque do início deste mês. Uma fonte ligada ao governo israelense afirmou que as discussões continuam, refletindo a complexidade e a cautela impostas pela situação atual. É evidente que qualquer decisão tomada pode ter efeitos significativos na estabilidade regional já frágil.

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