PENSANDO NO FUTURO

MEC busca maneiras de usar inteligência artificial em políticas públicas

Ministério da Educação promoveu, em parceria com a Universidade Federal de Alagoas, seminário para discutir a aplicação de inteligência artificial (IA) na gestão de políticas educacionais

MEC busca maneiras de usar inteligência artificial em políticas públicas
Sede do Ministério da Educação – Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Recentemente, foi realizado um seminário dedicado a discutir a aplicação de inteligência artificial (IA) na gestão de políticas públicas educacionais. O encontro, promovido pelo Ministério da Educação do Brasil, em parceria com instituições acadêmicas como a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o Instituto Federal de Brasília (IFB), levantou debates sobre como a tecnologia dos dados pode ser utilizada para melhorar a educação no país.

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Esse evento, de acordo com a Agência Brasil, destacou a necessidade de aprimorar o gerenciamento de informações educacionais a fim de promover direitos e auxiliar na tomada de decisões.

Os participantes discutiram várias questões pertinentes, incluindo o uso de dados em tempo real, como a frequência dos alunos em sala de aula. Estes dados podem fornecer insights essenciais para que as instituições escolares tomem medidas benéficas à permanência dos estudantes na escola, garantindo melhor acesso ao ensino. O evento trouxe à luz a complexidade da gestão de dados no sistema educacional e os desafios associados à atualização dos métodos atuais.

A inteligência artificial pode apoiar o sistema educacional?

Um dos desafios enfrentados no campo educacional é a disponibilidade de informações críticas, como históricos escolares. Este problema é particularmente relevante para alunos que se transferiram entre instituições durante sua educação básica. A diretora de Apoio à Gestão Educacional, Anita Gea Martinez Stefani, sublinhou a importância da interoperabilidade de dados e a necessidade de conectar informações entre diferentes escolas e sistemas.

A criação de plataformas de dados, como o hub educacional Gestão Presente, desenvolvido em colaboração com o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES/UFAL), é uma tentativa de resolver essas questões. Este sistema serve como um armazém de dados para a educação básica e auxilia em funções administrativas como matrículas e registros acadêmicos. No entanto, a implantação eficaz desses sistemas ainda enfrenta barreiras significativas.

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Quais desafios enfrenta a governança de dados na educação?

Conforme discutido no seminário, a introdução da IA e o uso extensivo de dados na gestão educacional não estão isentos de desafios. Vilmar Klemann, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), destacou alguns destes problemas. Existe uma escassez de profissionais qualificados na área de tecnologia educacional, o que leva a uma alta rotatividade e lacunas no manejo adequado dos sistemas de dados.

Dados inadequados, incompletos ou mal interpretados podem causar problemas graves na administração educacional. A competência técnica para a leitura e análise de dados é, portanto, indispensável para o sucesso dessas iniciativas.

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