PL 2.641/2021

Aposentado com sequela de poliomielite pode ter dispensa da perícia de revisão

Aposentado com sequela de pólio pode ter dispensa da perícia de revisão
Dispensa de reavaliação beneficia aposentado e pensionista do INSS – Crédito: Pedro França/Agência Senado

O Senado poderá pautar um projeto de lei inovador que propõe a dispensa de perícias para aposentados com sequelas de poliomielite (também conhecida como pólio). Este projeto, PL 2.641/2021, já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora aguarda a deliberação final. A regra valeria também para pensionistas INSS e poderá ser votada ainda este ano.

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Apresentado pelo deputado federal Luiz Lima (PL-RJ), o projeto visa aliviar a burocracia enfrentada por muitos segurados com sequelas de poliomielite. As informações são da Agência Câmara e Agência Senado.

O contexto atual exige que a cada determinado período, aposentados por invalidez sejam submetidos a perícias médicas para comprovação da continuidade de suas condições.

No entanto, a nova proposta do PL sugere que os segurados com sequelas permanentes sejam isentos dessa exigência, similar ao que já ocorre com indivíduos portadores de HIV/Aids. A relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), salientou que a intenção é focar nos beneficiários que apresentam sequelas significativas, resultantes do estágio avançado da poliomielite.

Poliomielite: impactos e sequelas

A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é uma doença viral que causou grandes epidemias no século passado. Apesar de a doença ter sido considerada erradicada no Brasil desde 1989, as consequências para aqueles que foram afetados continuam a influenciar suas vidas.

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Ainda assim, muitas são as pessoas que sofrem as sequelas dessa doença — considerando que foram registrados 26.827 casos entre 1968 e 1989 —, que incluem: problemas e dores nas articulações; pé torto; crescimento diferente das pernas, ocasionando que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose; osteoporose; paralisia de uma das pernas; paralisia dos músculos da fala e da deglutição, provocando acúmulo de secreções na boca e na garganta; dificuldade de falar; atrofia muscular e hipersensibilidade ao toque”, afirma o deputado Lima.

As sequelas incluem desde complicações nas articulações até paralisia completa de membros, afetando significativamente a qualidade de vida dos sobreviventes.

Por que dispensar as perícias é importante?

A proposta de dispensar as perícias periódicas para aposentados com sequelas de poliomielite se justifica por diversas razões. Primeiramente, devolve a dignidade aos segurados que enfrentam desafios diários por conta de incapacidades permanentes. Além disso, evita a necessidade de deslocamento frequente a postos de atendimento, o que pode ser extremamente penoso para indivíduos com mobilidade reduzida.

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  • Redução de burocracia: simplificação de processos no INSS;
  • Economia de recursos: menor demanda por avaliações periciais;
  • Respeito à condição dos aposentados: reconhecendo a seriedade das sequelas.

Leia mais: ONU pede cessar-fogo em Gaza para vacinar crianças contra a poliomielite

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