FGV estima que o agronegócio possa ter o maior crescimento desde 2017

Valor total da produção do setor pode chegar a R$ 1,3 trilhão; soja, milho e cana-de-açúcar devem ter safras recordes em 2023.

FGV estima que o agronegócio possa ter o maior crescimento desde 2017
Safra de soja e milho devem ser o destaque na produção agrícola (Crédito: Getty Image/Joe Raedle)

Após cair no ano passado, a agronegócio deve voltar a crescer e ser o motor da economia em 2023. O Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), calcula que o PIB do setor avançará 8% neste ano, depois de encolher 2% em 2022.

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Caso esta taxa se confirme, será a maior do setor desde 2017, quando a alta alcançou 14,2%. Já o banco Santander espera queda de 0,3% para este ano e prevê expansão de 7,5% para 2024.

Parte do resultado positivo estimado para 2023 será apenas efeito da comparação com 2022, que foi de retração, explicam os economistas. Por outro lado, a safra esperada para este ano deve ser recorde, o que justifica uma projeção otimista.

Dados de prognóstico de produção agrícola do IBGE indicam que a safra de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar 293,6 milhões de toneladas em 2023, alta de 11,8% com relação a 2022.

Para o Ibre, o setor será o único a crescer de forma contundente neste ano, quando o PIB do país deve ficar praticamente estacionado. “Nossa projeção de PIB está abaixo do mercado. Tem casas que apontam 1%. Nós estamos com 0,2%, isso com o agro, que é 10% do PIB, avançando 8%. Então projetamos uma queda pesada da atividade em geral”, diz Marina Garrido, economista do Ibre em entrevista à CNN.

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Soja e milho devem ser destaques

O motor da economia deverá ser principalmente a soja e o milho. O economista Gabriel Couto, do Santander, ressalta que a safra de milho de 2021 foi prejudicada pela seca e que, em 2022, o problema se repetiu com a soja. A expectativa agora é ter safras boas de soja e de milho. “Se tivermos a safra de soja cheia, que é o esperado, isso impulsionará o PIB agrícola” explica.

O presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho afirma que os produtores conseguiram plantar soja e milho na época correta. Para ele, a tendência é que a colheita de 2023 seja melhor e que o valor bruto da produção cresça ao menos 5%, ficando acima de R$ 1,3 trilhão. Ele destaca também que as produções de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças também estão indo bem.

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