O Mal da “Vaca Louca” está novamente no radar do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A pasta informou nesta segunda-feira (20) que o caso suspeito de encefalopatia espongiforme bovina/EET (Mal da “Vaca Louca”) está sendo monitorado e que todas medidas de segurança e análise estão sendo adotadas pelo governo.
O Mapa também esclareceu que a suspeita já foi submetida à análise laboratorial para a confirmação ou não da doença e, a partir do resultado, serão aplicadas imediatamente as ações cabíveis. A suspeita é de que um animal com idade considerada avançada, de 7 e 8 anos, foi encontrado no pasto com sinais de morte pela doença no Pará.
A encefalopatia espongiforme bovina surgiu na década de 80, na Europa, como uma nova doença nos rebanhos bovinos. A enfermidade é degenerativa, crônica e fatal e afeta o sistema nervoso central dos animais. Há duas formas da doença: a atípica e a clássica.
A forma clássica é transmitida por meio de alimentos fabricados de animais com a doença, como farinha de carne e ossos. A forma atípica ocorre naturalmente entre os bovinos.
O Mal da “Vaca Louca” é causada por príons (também conhecidos pelo nome de priões; constituem-se em moléculas de proteínas que têm a capacidade de gerar uma série de problemas de saúde. Uma de suas principais características é a ausência de código genético, ou seja, eles não possuem ácidos nucleicos como DNA e RNA). As doenças causadas por príons são degenerativas, raras, progressivas, fatais e acometem principalmente o cérebro.
A doença, que não tem cura nem tratamento, provoca alteração comportamental e pode ser confundida com outras doenças que afetam o sistema nervoso central dos animais, como raiva, intoxicações, Babesiose, entre outras.
CONFIRA OS SINTOMAS
– Nervosismo;
– Medo;
– Ranger de dentes;
– Hipersensibilidade ao som, toque, luz;
– Ataxia (incapacidade de coordenação motora; termo usado para designar sintomas de diversas condições neurológicas degenerativas do sistema nervoso);
– Menor tempo de ruminação.
É TRANSMÍSSIVEL AOS SERES HUMANOS?
Em 1995, o governo britânico observou que algumas pessoas estavam desenvolvendo uma nova EET, variante da já conhecida Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). Estudos demonstraram que essa EET era muito semelhante à doença da vaca louca e provavelmente era provocada pela mesma cepa priônica. A condição ficou conhecida como variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ) e sua transmissão foi associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com a Mal da “Vaca Louca”.
Siga a gente no Google NotíciasEm 2020, o número de #bovinos abatidos (29,7 milhões de cabeças) caiu 8,5% em comparação com 2019. Por outro lado, o abate de #frangos e #suínos seguiu a tendência de alta.
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— IBGE Comunica (@ibgecomunica) March 18, 2021