CUSTO DE VIDA

Inflação foi de 0,84% em fevereiro; agronegócio sofre com menor renda

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados que compõem o IPCA, oito tiveram alta em fevereiro.

Inflação foi de 0,84% em fevereiro; agronegócio sofre com menor renda
Alimentação fora da residência teve uma alta na inflação de 0,50%, segundo dados do IBGE (Crédito: Canva Fotos)

Uma inflação maior impacta a renda do consumidor afetando o agronegócio como um todo. A inflação foi 0,84% em fevereiro ante uma alta de preços de 0,53% no mês anterior – aumento de 0,31 ponto percentual (p.p.).

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No ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 1,37% e, nos últimos 12 meses, de 5,60%, abaixo dos 5,77% nos 12 meses anteriores. Em fevereiro de 2022, a variação havia sido de 1,01%.

Alimentos e bebidas (0,16 p.p.) tiveram variações inferiores às do mês anterior. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em fevereiro. A exceção foi Vestuário (-0,24 p.p.), com queda pelo segundo mês consecutivo. O maior impacto (0,35 p.p.) e a maior variação (6,28%) no índice do mês vieram de Educação.

O economista Roberto Troster explica que estes resultados não são bons como um todo para o agronegócio. “Mais inflação, menos renda disponível. Então, há menos demanda por alimentos, o que causa uma menor renda para o setor do agro”.

Ele ainda acrescenta que um maior o índice de inflação penaliza principalmente os mais pobres, “o que acaba por penalizar também o agronegócio”.

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O resultado do grupo Alimentação e bebidas (0,16%) foi influenciado pela desaceleração da alimentação no domicílio (de 0,60% em janeiro para 0,04% em fevereiro). Houve queda mais intensa nos preços das carnes (-1,22%) e recuos na batata-inglesa (-11,57%) e do tomate (-9,81%), que haviam tido alta de preços em janeiro (14,14% e 3,89%, respectivamente). O destaque em alta foi o leite longa vida (4,62%), cujos preços voltaram a subir após 6 meses consecutivos de quedas.

A variação em alimentação fora do domicílio (0,50%) ficou próxima à do mês anterior (0,57%). Enquanto a refeição (0,38%) teve variação idêntica à de janeiro, o lanche desacelerou de 1,04% para 0,57%.

Saúde e cuidados pessoais (1,26%) e Habitação (0,82%) aceleraram em relação a janeiro, contribuindo com 0,16% e 0,13%, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o 0,11% de Artigos de residência e o 0,98% de Comunicação.

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