MODERNIDADE NO CAMPO

“O agro deve interagir mais e melhor com outros setores”, diz Aryane Garcia

Paulista de São José do Rio Preto, jornalista de formação, ela traz uma visão inovadora ao agrobusiness, como por exemplo, a participação em eventos sociais e culturais

"O agro deve interagir mais e melhor com outros setores", diz Aryane Garcia
Aryane Garcia desenvolveu o evento Agrotalk Business 2023, que reuniu produtores rurais e figuras importantes de outros setores da economia – Crédito: Fernanda Toigo

Aryane Garcia, 37 anos, é jornalista e mãe solo de um menino de nove anos “por opção”. Empresária, apresentou programas de TV em grandes emissoras no interior de São Paulo, como SBT, Band e Record; também morou em Chicago e Nova York.

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Ela é proprietária de uma agência de marketing e eventos: a AGX Estratégias, fundada em 2008. Aryane produz, há mais de dez anos, eventos corporativos para milhares de mulheres empreendedoras. “Eu amo o interior”, ela diz sem esconder sua satisfação. Hoje, ela divide o tempo de intenso trabalho entre São Paulo e Rio Preto.

Mas o agro, como um canto de sereia, atraiu as atenções dessa mulher de fala articulada, raciocínio rápido e de visão. Aryane reforça: “Eu sou do campo, eu sei o que é o agro”.

A sua primeira inserção no setor aconteceu em 2021 quando ela promoveu o evento “Mulheres em Ação”, voltado ao agronegócio. Foi nesse evento, realizado no interior de São Paulo desde 2008, que aconteceu o “chamamento” do agro de forma específica. “Eu sempre tive mulheres do agro em meus eventos, mas elas nunca foram protagonistas”.

Em agosto de 2023, sua agência lançou a primeira edição do “AgroTalk Business”: um jantar empresarial que reuniu produtores rurais e figuras importantes do agronegócio brasileiro.

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Nos painéis, já havia mulheres empresárias do campo como palestrantes”. Porém, convidados de outras áreas também estavam presentes, porque, como diz Aryane, ela procura “fazer esta integração do agro com os demais setores”.

E por que a representação feminina no agro? “Eu amo tendências. Eu sempre busco aquilo que está em evidência e, claro, quero trazer a mulher para o palco. Porque eu sinto que a comunicação fica mais fluida. A minha comunicação com o agronegócio se relaciona com o conceito que desenvolvi: entregar o protagonismo do setor a elas para mostrar a força feminina”.

Outro conceito que ela tem em mente é a necessidade de se furar a bolha do agro. “Queremos comunicar a força do setor nas demais cadeias produtivas”. Ela conta que é necessário levar às pessoas o entendimento do que é o agro. “As rodas do carro, as roupas, os produtos para o cabelo. Porque tudo é agronegócio. Como falar de moda, se não falarmos de algodão, que é a matéria-prima?”, reiterando seu amor incondicional pela cadeia produtiva do agrobusinees.

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Eu quero me antecipar àquilo que é inevitável de acontecer”. E reitera que “absolutamente tudo é agronegócio. A grande locomotiva econômica do Brasil é o campo”.

No evento feito em 2023, “eu tracionei mais mulheres. Havia representantes da Copercana, Coopercitrus, Socicana, mas eu também trouxe uma clínica de estética”. Ela relata que o setor de beleza é mais uma área que quer se comunicar com as mulheres do campo.

Até hoje, o agro não tem espaço nos eventos culturais e sociais da maneira que ele merece, por seu tamanho e importância. O pessoal do campo não se sente representando nas grandes cidades”, relata a jornalista. A verdade está nos fatos e, para ela, isto precisa ser mudado.

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A AGX Estratégias promove os eventos do agro de maneira diferenciada e por isso Aryane faz um chamado: “Moda, arquitetura contemporânea, tecnologia, gastronomia, setor automotivo… Vocês querem estar com a gente?”. E esclarece que o agronegócio deve estar presente, por exemplo, em grandes festivais.

Mulher visionária e atenta às novas tendências, Aryane Garcia traz em si o entendimento que as diversas áreas do trabalho humano devem se conhecer melhor. Profissional inovadora, para ela, “as pessoas precisam entender que um setor depende do outro. E tem mais: o agro nacional não só alimenta o mundo, mas alimenta o Brasil”, afirma.

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