A planta espatódea, da espécie “Spathodea Campanulata”, também chamada de bisnagueira, tem flores vermelhas com tons alaranjados e costuma ser cultivada em parques nos centros urbanos e também no interior. O que a maioria das pessoas não sabe é que ela libera componentes tóxicos para abelhas, outros insetos e até mesmo beija-flores.
A deputada estadual Janete de Sá apresentou nesta terça-feira (9) o projeto de lei 176/2024, que proíbe o cultivo e comercialização da planta no ES. De acordo com o PL, as mudas que já foram produzidas devem ser descartadas, conforme as normas técnicas. As árvores cordadas devem ser substituídas por plantas nativas da fauna local. Se estiver em terreno particular, o corte é de responsabilidade do proprietário.
“Aqui no Estado tem uma cadeia produtiva do mel significativa e nós precisamos fortalecer os nossos apicultores. Temos ainda as abelhas sem ferrão que produzem mel de altíssima qualidade e são ainda mais sensíveis a essa contaminação pela planta. É uma planta que compromete a produção do mel, já que é tóxica para as abelhas”, alerta a deputada.
A espatódea pode atingir de 7 a 25 metros de altura. Originária do Oeste da África, foi introduzida no Brasil e se tornou abrigo para papagaios e maritacas que não têm outras opções de árvores.
O PL passou pela sessão em plenário e agora segue para análise das comissões da Assembleia Legislativa.
No Espírito Santo, os município de Vitória, Castelo, Venda nova do imigrante e Afonso Cláudio já tem leis que proíbem o cultivo da planta.