Um novo bacon feito apenas da barriga do porco. A partir desta quarta-feira (1º), os fabricantes terão que especificar de forma clara quando o bacon não for feito da barriga do animal. A razão é o novo conjunto de regras para a produção do alimento publicadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em fevereiro.
As carne suínas deste tipo que forem fabricados até o final do prazo de adequação, poderão ser comercializadas até o fim da sua data de validade.
A nova norma especifica que somente produtos feitos da porção abdominal podem continuar sendo chamados de bacon na embalagem. Nos demais, será necessário citar qual parte do porco foi utilizada.
O governo também aumentou a lista de ingredientes adicionais permitidos no bacon e estabeleceu a temperatura ideal para o produto ser vendido fora de refrigeradores. Os estabelecimentos terão 12 meses para que realizem as mudanças necessárias nos produtos.
MUDANÇAS
Sob as novas regras, somente será chamado de bacon o produto feito da barriga do porco. Qualquer outro pedaço será chamado de “bacon de qual parte foi feito”, como por exemplo, “bacon de pernil”. O termo “estilo bacon”, deixa de ser usado.
Na antiga normativa, qualquer parte do corpo do suíno que fosse preparada da mesma forma que o tradicional poderia ser chamada de bacon, com a denominação “estilo bacon” na embalagem.
Outra mudança se refere à elaboração, que, agora, poderá contar com carboidratos mono e dissacarídeos, maltodextrina (conservante), condimentos e especiarias, água, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, previstos em legislação específica do órgão regulador da saúde e autorizados pelo Mapa, além de sais hipossódicos.
Até hoje, eram considerados como ingredientes adicionais, além da carne, apenas proteínas de origem animal ou vegetal, açúcares, maltodextrina , além de condimentos, aromas e especiarias.
Ao contrário de antes, as novas regras também determinam qual temperatura o bacon deve estar armezanado para a venda. O alimento produzido para ser comercializado em temperatura ambiente deverá ter na defumação a atividade de água (Aw) máxima de 0,85. É chamada dessa forma a relação entre a pressão de vapor de um alimento e a pressão do vapor de água pura à mesma temperatura.
Isso torna o alimento mais seguro para o consumidor. Este fator, não praticado até agora pelas indústrias, fará com que a defumação leve mais tempo para ser finalizada.
#SUÍNOS: Preço da carne suína sobe mais que concorrentes – https://t.co/rGR2kPVS2A – #Cepea #Esalq #USP #agro #agronegócio #pesquisas pic.twitter.com/FtVUmYl7Hq
— Cepea (@CepeaEsalq) February 24, 2023