sessão adiada

Aluna da USP condenada por desviar dinheiro de formatura alega transtorno do pânico em audiência judicial

Em julho deste ano, Alicia Dudy foi condenada a devolver R$ 1 milhão aos colegas de turma no curso de medicina; ela era presidente da comissão e, segundo as investigações, desviou a quantia para benefício próprio

Alicia era presidente da comissão de formatura e, segundo as investigações, desviou a quantia para benefício próprio.
A estudante de medicina da USP Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, acusada pelos colegas de classe de ter desviado quase R$ 1 milhão da comissão de formatura – Crédito: Reprodução

A Justiça de São Paulo adiou a audiência da estudante Alicia Dudy Muller Veiga, que responde por estelionato. A defesa dela alegou agravamento do transtorno do pânico da jovem, o que levou à decisão. Em julho deste ano, Alicia foi condenada a devolver R$ 1 milhão aos colegas de turma no curso de medicina da USP. Ela era presidente da comissão de formatura e, segundo as investigações, desviou a quantia para benefício próprio.

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Além da apropriação indevida do dinheiro da comissão de formatura, Alicia também responde por estelionato contra uma casa lotérica na zona sul de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, ela fez uma aposta de R$ 891 mil em julho de 2022. No momento do pagamento, programou um Pix de apenas R$ 891,53, valor mil vezes menor que o devido.

A audiência desse processo estava marcada para a última quinta-feira (29). No entanto, um atestado médico recomendando o afastamento de Alicia por dez dias foi apresentado, justificado pelo médico que acompanha a jovem.

O desembargador Bueno de Camargo considerou os argumentos médicos apresentados. Ele destacou que, no contexto exposto, “prevalece a recomendação médica de afastamento das atividades e repouso, conforme atestados do dia 22.8.2024 e do dia 28.8.2024, justificada, portanto, a impossibilidade de comparecimento da Paciente [Alicia]”.

A Justiça ainda não definiu a nova data para a audiência. Enquanto isso, Alicia continua sob investigação em ambos os casos de estelionato. A acusação principal envolve o desvio de quase R$ 1 milhão da comissão de formatura do curso de medicina da USP.

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Apropriação indevida do dinheiro da comissão de formatura

Alicia é acusada de desviar quase R$ 1 milhão do fundo de formatura de sua turma na USP. Conforme relatos de membros da comissão de formatura, o dinheiro foi arrecadado durante quatro anos pelos estudantes.

No fim de 2021, Alicia, presidente da comissão, transferiu o valor para sua conta pessoal sem o consentimento dos demais integrantes. Aos colegas, ela alegou que o dinheiro foi retirado porque a empresa contratada não estava prestando um bom serviço e decidiu investir a quantia junto a uma corretora, de quem posteriormente teria sofrido um golpe.

A jovem foi denunciada pela prática de estelionato em oito ocasiões. A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia, e Alicia se tornou ré em março deste ano no caso do desvio da comissão de formatura.

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