EM SÃO PAULO

Aluno atacou colegas por sofrer homofobia e Estado foi “omisso”, diz advogado

Segundo o defensor do adolescente, as agressões já haviam sido relatadas à escola e à Polícia Civil

Aluno atacou colegas por sofrer homofobia e Estado foi “omisso”, diz advogado
Escola Estadual Sapopemba (CréditoFoto: Reprodução/TV Globo)

O aluno de 16 anos apreendido após matar uma estudante e ferir outras duas no ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba  sofria “grave bullying” por homofobia e que o Estado foi “omisso” por não ajudá-lo, informou o advogado do jovem.

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De acordo com o defensor, Antonio Edio, ele é “homossexual assumido”. O incidente aconteceu na Zona Leste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (23).

As agressões que o rapaz sofria dos colegas já haviam sido relatadas à escola e à Polícia Civil, explicou Edio. Além disso, segundo o defensor, ele recebia tratamento em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e era acompanhado pelo Conselho Tutelar. Nenhum desses órgãos, porém, conseguiu oferecer a ajuda necessária, na versão do advogado.

“Há mais de dois anos ele sofria um grave bullying vindo da escola porque ele é homossexual assumido e há um bom tempo ele começou a gravar esse bullying que sofria. A mãe dele teve conhecimento disso, levou ao conhecimento da escola, através da diretora. A diretora não tomou providência alguma, a única coisa que a diretora da escola informou para a mãe foi que ela transferisse a criança de escola”, disse Edio.

Segundo a Prefeitura de São Paulo, que faz a gestão dos Caps, não há registro de acompanhamento do adolescente, que pegou escondido no fim de semana a arma do pai, um revólver calibre 38, para cometer o atentado nesta segunda-feira.

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A mãe do adolescente também registrou um boletim de ocorrência sobre uma das agressões que o rapaz sofreu em abril, no 70º Distrito Policial (Sapopemba). Mas, segundo o advogado, “por falta de conhecimento jurídico”, ela não fez a representação do caso para que ele fosse investigado por meio de inquérito policial.

 

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