RIO GRANDE DO SUL

Bichos nos telhados e 40 horas sem dormir: bombeiro de MS relata rotina de resgates no RS

Bombeiro diz que presenciou momentos dramáticos durante resgates, com muita gente pedindo socorro, além de furtos às casas inundadas

Bombeiro diz que presenciou momentos dramáticos durante resgates, com muita gente pedindo socorro, além de furtos às casas inundadas.
Bombeiros de MS participam dos resgates no RS – Créditos: Corpo de Bombeiros de MS/Reprodução

Chegamos para os resgates no sábado de noite no Rio Grande do Sul, umas 22h, 22h30. Estava chovendo forte na hora e todos os bombeiros já estavam empenhados nas ocorrência. E nisso a gente já presenciou as pessoas desesperadas, ouvindo o barulho do barco e pedindo socorro. Só que não cabia todo mundo de uma vez e a gente fez várias viagens, escolhendo por ordem de risco”. O relato é de um bombeiro militar sul-mato-grossense, convocado para socorrer as vítimas das enchentes do sul do país.

Publicidade

Conforme o bombeiro, nestes três dias grande parte dos militares ficou muitas horas sem dormir, 40 no caso dele. “A gente foi tocando direto. Fui dormir depois de 40 horas e não descansei mais que duas horas. Apesar de desgastante, quando a gente atende as pessoas, não tem cansaço que diminua a nossa vontade de ajudar e isso dá uma revigorada. E operar com os militares do RS está sendo bacana, eles são muito dedicados e tem de outros estados também e isso tá sendo bem legal”, comentou.

Primeiro dia de resgate

Ao chegar no primeiro dia, o militar disse que os bombeiros imediatamente se deslocaram aos endereços. “Estava escuro, os ambientes todos sitiados mesmo e as informações chegando, além de muita gente nos abordando na rua. Agora, nesta fase, estamos um pouco mais tranquilos. Hoje, por exemplo, já chegou a Força Nacional e estamos convidando algumas pessoas a sair de suas casas, só que algumas não querem”, argumentou.

Neste caso, ainda de acordo com o militar, muitos ficam com medo de saques. “Tem casos de hostilidade, gente que age, às vezes, no desespero. E aí tem os atentados que ocorrem, de assalto, de arrombamento, principalmente porque o resgate diminui no período noturno. E aí algumas pessoas não querem descer, querem continuar nas suas casas, nos seus apartamentos, mesmo sem assistência e logística. E a nossa preocupação agora é de previsão de 7 dias de chuva, a partir desta quarta-feira (8). Estamos avisando, mas, algumas não aceitam”, lamentou.

*Leia matéria completa em MidiaMax

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.