GASTOS LUXUOSOS

Casal é preso por se apropriar de R$ 3 mi em doações para filho com doença degenerativa

Valores arrecadados na campanha foram bloqueados pela Justiça e um veículo de R$ 140 mil que estava em nome dos pais foi apreendido

Casal é preso por se apropriar de R$ 3 mi em doações para filho doente
Os pais de Jonatas, Renato e Aline Openkoski – Créditos: Reprodução

Um casal responsável pela arrecadação e apropriação de mais de R$ 3 milhões em doações em uma campanha para tratar a doença do filho, que sofria de Atrofia Muscular Espinhal (AME), foi preso.

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Os pais de Jonatas, Renato e Aline Openkoski, foram condenados por estelionato e apropriação de bens, crimes relacionados ao desvio dos fundos da campanha. Eles estavam foragidos.

As penas somam 70 anos de prisão em regime fechado. Além disso, os valores arrecadados na campanha foram bloqueados pela Justiça e um veículo de R$ 140 mil que estava em nome dos pais da criança foi apreendido.

Doações eram desviadas para uso pessoal

A Atrofia Muscular Espinhal é uma doença rara, degenerativa e hereditária, que afeta a capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Esses neurônios são responsáveis por gestos voluntários vitais simples, como respirar, engolir e se mover.

A doença pode variar do tipo 0 (manifestando-se antes do nascimento) ao tipo 4 (aparecendo na segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento muscular e da idade em que surgem os primeiros sintomas. Atualmente, não existe cura para a AME.

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Em 2017, em Joinville (SC), os pais lançaram a campanha “AME Jonatas“, com o intuito de arrecadar fundos para o tratamento do filho.

Eles alegavam que as doações seriam usadas para comprar o remédio Spinraza, fabricado nos Estados Unidos, cuja cada dose custa R$ 367 mil.

Jonatas faleceu em 2022, e após denúncias sobre o aparente aumento no padrão de vida do casal, incluindo postagens de uma viagem luxuosa à ilha de Fernando de Noronha durante o Réveillon de 2017, o Ministério Público de Santa Catarina iniciou uma investigação.

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Descobriu-se que os recursos arrecadados não foram utilizados para o tratamento da criança, mas desviados para gastos pessoais e luxuosos, levando à condenação dos pais.

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