DESASTRE

Casas, oficina e carros são arrastados por deslizamento no Acre

As residências próximas ao local estão sendo retiradas. Segundo a Defesa Civil, ainda há riscos de mais desabamentos

Devido a baixa do Rio Acre, ao menos duas casas e uma oficina desabaram em Rio Branco, capital do Acre, nesta quinta-feira (14). Além disso quatro veículos foram arrastados pela água.
Deslizamento às margens do Rio Acre – Crédito: Pedro Devani/Secom

Devido à baixa do Rio Acre, ao menos duas casas e uma oficina desabaram em Rio Branco, capital do Estado, nesta quinta-feira (14). Além disso, quatro veículos foram arrastados pela água.

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Segundo a Defesa Civil Municipal, no entanto, ninguém se feriu. Porém, há risco de mais desabamentos. Por isso, as residências próximas ao local do acidente estão sendo esvaziadas.

De acordo com o g1, o desabamento aconteceu em um trecho da Rua Poços de Caldas, no bairro Cidade Nova, no Segundo Distrito de Rio Branco. A região foi uma das mais atingidas pela enchente. Com a descida acelerada do nível do rio, que saiu de 17,89 metros em 6 de março, para 9,64 metros nesta quinta, registrou-se o deslizamento.

Baixa no nível do Rio Acre

O Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano há uma semana. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde 1971, quando começara, a medir o volume das águas. Porém, a maior cheia foi registrada em em 2015. Na manhã da última quinta-feira (7), o rio apresentou os primeiros sinais de baixa.

Em 2024, já são 48 bairros e 23 comunidades rurais atingidas pela cheia em Rio Branco, e mais de 4 mil pessoas estão desabrigadas, segundo a prefeitura. Mais de 70 mil pessoas foram afetadas, direta ou indiretamente, pela cheia do manancial em Rio Branco.

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Dentre as 22 cidades acreanas, 19 estão em situação de emergência por conta da cheia dos rios e igarapés. Pelo menos 23 comunidades indígenas também sofrem com os efeitos das enchentes.

Auxílio do Governo

Uma comitiva do Governo Federal foi até o Acre para dar assistência aos atingidos pela cheia. Entre os presentes estavam o ministro de Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

 

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Em entrevista coletiva, Góes disse que as ajudas humanitárias ao estado devem superar os R$ 30 milhões enviados no ano passado. Na época, o Rio Acre e igarapés transbordaram e causaram preocupação.

Já a ministra Marina Silva destacou, no entanto,  que  diversos fatores causam as enchentes que acometem o Acre.

“Por isso estamos trabalhando um plano estruturante […] obviamente, a principal ação é enfrentar a causa do problema: desmatamento, que aumenta a temperatura da terra, faz com que haja o assoreamento dos rios e também faz com a gente tenha cada vez mais esses eventos”.

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O Governo Federal, por fim, liberou ainda mais de R$ 20 milhões para as ações de assistência aos atingidos pelas enchentes no Acre.

 * Texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

 

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