morte suspeita

Caso Djidja: ex-namorado de sinhazinha e personal trainer são presos

Além deles, dois funcionários da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina à família de Djidja também foram detidos

Nesta sexta-feira (7), Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja Cardoso, e o coach Hatus Silveira foram presos em uma nova fase da investigação sobre a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, encontrada morta em Manaus no dia 28 de maio.
Bruno Roberto (esquerda) e Hatus Silveira (direita) – Créditos: Rede Amazônica/Reprodução e Redes sociais/Reprodução

Nesta sexta-feira (7), Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja Cardoso, e o coach Hatus Silveira foram presos em uma nova fase da investigação sobre a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, encontrada morta em Manaus no dia 28 de maio. A polícia suspeita que a causa da morte seja uma overdose de cetamina. Além deles, dois funcionários da clínica veterinária suspeita de fornecer a substância à família de Djidja também foram detidos.

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Bruno Roberto foi ouvido como testemunha na segunda-feira (3), enquanto Hatus Silveira prestou depoimento na terça-feira (4). Outras pessoas detidas incluem a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, seu irmão Ademar Cardoso, e três funcionários de uma rede de salões de beleza administrada pela empresária.

Hatus Silveira, que se apresentava como personal trainer de Djidja, não possui registro profissional, conforme informou a Associação dos Profissionais de Educação Física e Atividade Motora (Apefam). Nas redes sociais, ele se identifica como coach.

Segundo a Rede Amazônica, Bruno e Hatus revelaram à polícia que se afastaram de Djidja e do grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, fundado pela família dela, após advertências médicas sobre os riscos do uso de cetamina. A polícia começou a investigar a família Cardoso por tráfico de cetamina há mais de um mês. O grupo religioso incentivava o uso da droga para alcançar uma falsa plenitude espiritual.

Depoimento de Bruno, ex-namorado de Djidja

O delegado Cícero Túlio informou que Bruno Roberto, que possuía uma tatuagem com o nome da seita, decidiu cobrir o desenho após se afastar do grupo. “Ele disse que efetivamente tinha feito a tatuagem durante um dos encontros na casa dos investigados, onde firmaram compromisso de todos realizarem essa tatuagem. Vi que ele já havia remarcado a tatuagem com outra por cima”, explicou o delegado.

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Bruno estava na casa de Djidja no dia em que ela foi encontrada morta e foi quem acionou a polícia. Ele também é suspeito de ter abandonado o carro da empresária em uma avenida de Manaus logo após a morte dela. A defesa de Bruno alega que o veículo foi deixado no local devido a uma pane mecânica.

Depoimento de Hatus

Hatus Silveira revelou à polícia que, durante uma visita à casa de Djidja, foi surpreendido com a aplicação de cetamina sem seu consentimento. “Nesse dia que eu fui lá, tinha sete pessoas sentadas na sala, com uma TV escrito ‘Cartas de Cristo’. Quando passei por lá, a ‘dona Cleu’ falou ‘você tem que usar isso, você tem que sair da Matrix’. Eu falei que conhecia esse tipo de droga e que não ia usar”, relatou Hatus.

Segundo seu depoimento, Hatus estava na cozinha conversando com Ademar Cardoso quando Djidja se aproximou e injetou a droga em seu braço. “Quando eu estava conversando com o Ademar, eu estava de costas e chegaram com a agulha e aplicaram em mim. Muito rápido. Eu falei ‘Não faça isso’. Eu fiquei tonto por uns 15 minutos”, lembrou Hatus.

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