A Organização Meteorológica Mundial (OMM), um órgão da ONU, anunciou nesta quarta-feira que existe uma probabilidade de 60% de surgirem condições para o fenômeno La Niña no final deste ano. Essa estimativa representa uma diminuição na previsão anterior, que, em junho, apontava 70% de chance para que o evento ocorresse entre agosto e novembro.
O fenômeno La Niña é caracterizado pelo resfriamento em larga escala das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e oriental, acompanhado por mudanças na circulação atmosférica tropical, como ventos, pressão e precipitação. Este fenômeno pode influenciar significativamente o clima global, gerando impactos variados em diferentes regiões.
O que é o fenômeno La Niña e como ele nos afeta?
Segundo a OMM, os nove anos mais recentes foram os mais quentes já registrados, mesmo com a influência de resfriamento do La Niña entre 2020 e início de 2023. Durante esse período, o evento El Niño, que tem o efeito oposto ao La Niña ao aumentar as temperaturas globais, foi considerado um dos cinco mais fortes antes de se dissipar.
A Secretária-Geral da OMM, Celeste Saulo, fez ressalvas importantes sobre a iminência do fenômeno e suas possíveis consequências para o clima global. Ela enfatizou que, mesmo que ocorra um resfriamento temporário devido ao La Niña, isso não altera a trajetória de longo prazo de incremento nas temperaturas globais impulsionado pelos gases de efeito estufa.
Como a La Niña pode impactar o clima global?
Celeste Saulo destacou a importância de acompanhar esses fenômenos climáticos e suas variáveis:
- Intensidade: A magnitude do La Niña pode influenciar a amplitude dos seus efeitos.
- Duração: Fenômenos La Niña mais prolongados tendem a ter impactos mais significativos.
- Época do Ano: O período em que o fenômeno se desenvolve pode definir seus efeitos em diferentes regiões.
- Interação com outros fatores climáticos: Como a interação com El Niño, entre outros fatores, pode modificar os impactos previstos.
O que podemos esperar dos fenômenos climáticos em 2024?
Nos últimos três meses, observou-se um estado climático neutro – sem a presença de El Niño ou La Niña. Contudo, mesmo com essas condições neutras, o planeta experimentou eventos climáticos extremos, como intensas ondas de calor e chuvas devastadoras. Isso reforça a complexidade e a interconexão dos sistemas climáticos globais.
Para muitos, a variação nos fenômenos do La Niña e El Niño é um lembrete da necessidade urgente de monitorar e mitigar os impactos das mudanças climáticas globais. A natureza imprevisível de tais eventos exige uma preparação robusta e adaptativa por parte das nações e comunidades afetadas.
Concluindo, o alerta para um possível retorno de La Niña serve como um chamado para a ação e o acompanhamento constante dos padrões climáticos, destacando a urgência de políticas eficazes contra as mudanças climáticas.
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