Desfile de blindados na frente do Planalto

A Marinha entregou um convite a Bolsonaro para assistir a operação dos militares que ocorre todos os anos no Distrito Federal. O ato aconteceu no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados tem previsão de votar a proposta do voto impresso

Desfile de blindados na frente do Planalto
(Crédito: Pedro França/Agência Senado)

A Marinha realizou na manhã desta terça-feira um desfile com blindados e outros veículos militares na frente do Palácio do Planalto. O ato ocorreu para realizar a entrega de um convite para o presidente Jair Bolsonaro.

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Bolsonaro foi convidado para comparecer ao treinamento de militares das três forças que será feito em Formosa, Goiás, na região do Entorno do DF, a partir do dia 16 desse mês, segundo o G1.

Presidente da República, Jair Bolsonaro recebe convite da Demonstração Operativa a ser realizada por ocasião da Operação Formosa 2021 (Crédito: Marcos Corrêa/PR)

O desfile aconteceu no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados tem previsão para votar a proposta do voto impresso. De acordo com o G1, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que o desfile é uma “trágica coincidência”.

Críticas de Parlamentares

Essa situação gerou diversas críticas de parlamentares.

O deputado federal e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), relatou sua indignação em sua rede social. “Sobre essa história de tanques nas ruas. Não quero crer que isso seja uma tentativa de intimidação…mas, se for, aprenderão a lição de que um Parlamento independente…é mais forte que tanques nas ruas.”

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No Twitter, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), classificou o ato como uma “covardia”. E também publicou “Os tanques não são seus, pertencem à Nação. Quer tentar golpe sr. @jairbolsonaro? É o crime que falta para lhe colocarmos na cadeia”

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e a deputada Tabata Amaral (sem partido-SP) entraram com uma ação na Justiça a fim de proibir a exibição militar. Mas, a ação foi rejeitada.

Voto impresso

O voto impresso é defendido por Bolsonaro e aliados, mas a maioria dos partidos na Câmara já sinalizou que vai votar contra. A proposta já foi derrotada na comissão especial, e mesmo assim Arthur Lira, decidiu levar o tema ao plenário.

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