Presa em flagrante na sexta-feira (19), protetora de 54 anos, dona de uma ONG (Organização Não Governamental) no Coronel Antonino, alegou que gasta R$ 50 mil por mês para manter o local. Ela foi detida sob acusação de maus-tratos, por ter entre 300 e 550 animais em situação insalubre.
Após a prisão em flagrante, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) aplicou multa de R$ 175 mil contra a protetora. O Midiamax acionou o órgão responsável via e-mail para saber o que é feito com o valor da multa e aguarda retorno.
Na Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), a dona da ONG contou que gasta em média R$ 50 mil por mês para manter o local, entre cuidados, alimentação e limpeza.
Local insalubre
O que a Polícia Militar e Polícia Civil afirmam é que o local estava muito sujo e os animais acomodados sem o devido cuidado, sendo que animais com doenças altamente transmissíveis conviviam com outros.
A protetora relatou que a limpeza é feita diariamente, mas que quando os policiais chegaram os funcionários haviam acabado de chegar ao local também, por isso a casa ainda estava suja naquela manhã.
Também foi feito o mesmo relato por funcionários, que a limpeza é feita diariamente. Apesar disso, a mulher que faz a limpeza no local confirmou que a situação é insalubre.
Uma protetora também prestou depoimento e contou que há alguns dias, em 11 de abril, recebeu mensagem em um grupo de WhatsApp da dona da ONG. Ela pedia socorro por precisar de ajuda com a limpeza e organização do local.
Com isso, essa protetora resolveu ajudar e foi alguns dias na ONG, mas não foi o suficiente. Os funcionários eram voluntários, como é o caso do estagiário de medicina veterinária. Ele atuava em troca do passe de ônibus de ida e volta e estava diariamente na ONG.
Macaco na ONG
Um vídeo da protetora com um macaco prego teria circulado nas redes sociais. Esse foi o motivo de denúncia que levou a PMA (Polícia Militar Ambiental) ao local na sexta-feira. Apesar disso, não consta nos registros que o animal foi localizado.
Durante o interrogatório, a protetora comentou sobre os outros animais, mas ficou em silencio ao ser questionada sobre animais silvestres.
Quantidade de animais
Até o momento não foi divulgado o número exato de animais que estão recolhidos na ONG. A polícia e o Imasul falam em 350 animais, sendo em média 200 gatos e 150 cachorrros.
Já os funcionários falam em 560 animais, em torno de 110 cães e 450 gatos. Enquanto isso, a protetora disse no depoimento para a polícia que há na ONG 250 animais, entre cães e gatos.
A mulher passa por audiência de custódia no domingo (21), quando será determinado se deve ser liberada ou se cumprirá prisão preventiva.
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