El Niño e La Niña do Atlântico em 2024: Entenda o fenômeno

Entenda o fenômeno climático do Atlântico previsto para 2024, suas semelhanças e diferenças com El Niño e La Niña do Pacífico e os impactos ambientais esperados.

Secas e chuvas intensas: La Niña em dobro pode causar estragos na agricultura brasileira
Secas e chuvas intensas: La Niña em dobro pode causar estragos na agricultura brasileira – Crédito: NOAA/@BenNollWeather/X

Enquanto os olhares se voltam frequentemente para o Pacífico, com a antecipação dos efeitos do La Niña, é fundamental entender que fenômenos meteorológicos semelhantes também se manifestam no Atlântico. Este ano a atenção se divide devido aos sinais que apontam para a ocorrência do “El Niño/La Niña” do Atlântico, trazendo consequências específicas e relevantes para diferentes partes do mundo.

Publicidade

A compreensão desses fenômenos não só nos ajuda a prever e mitigar possíveis catástrofes naturais, como também nos permite explorar mais profundamente as complexas interações entre os oceanos e a atmosfera que governam o nosso clima global.

Qual é a probabilidade de ocorrência de La Niña no Atlântico este ano?

Em 2024, observadores e cientistas têm reportado um aumento nas temperaturas superficiais do mar no Oceano Atlântico que mimetizam as características de La Niña, comumente associadas ao Oceano Pacífico. Essa similaridade surge das análises de especialistas como Ben Noll, do Instituto Nacional de Pesquisa da Água e Atmosfera da Nova Zelândia, que destaca um crescimento tímido, mas significativo, dos indícios que apontam para a Niña Atlântica na região central deste oceano.

Como o El Niño do Atlântico afeta o clima em comparação com o Pacífico?

Embora seja menos conhecido, o El Niño do Atlântico assume características análogas ao seu irmão do Pacífico, com variações nas temperaturas superficiais do mar e alterações nos padrões de vento. Esses elementos, segundo a NOAA, constituem parte dos processos de feedback de Bjerknes, cruciais para a formação do fenômeno. Apesar dessas semelhanças, existem diferenças-chave no timing e na intensidade dos impactos gerados por cada um.

A Niña Atlântica, embora mais fraca, tem um período de ativação distinto. No Atlântico, o auge desse fenômeno acontece no verão do hemisfério norte, nos meses de junho a agosto, enquanto o cenário pacífico se mostra neutro ou inativo. Tal comportamento enfraquece monções e manipula a atividade de chuvas em várias regiões, configurando um panorama climático singular para a África Ocidental e áreas próximas.

Publicidade

Como la Niña Atlântica influencia o clima e a formação de furacões?

Os impactos locais e globais desses fenômenos são vastos. Enquanto o Niño Atlântico pode atenuar temporadas de furacões, devido ao aquecimento das águas, a Niña Atlântica tende a intensificar esse tipo de atividade. Isso ocorre principalmente através do enfraquecimento dos ventos alísios e do aquecimento superficial que alteram a dinâmica atmosférica, criando condições favoráveis à formação de furacões mais severos.

2024 segue com uma complexidade elevada de padrões climáticos que desafiam os modelos tradicionais. Com a influência crescente de fenômenos como a Niña Atlântica, torna-se crucial monitorar seus desenvolvimentos para preparar adequadamente as comunidades vulneráveis às alterações extremas no clima.

Este panorama em mudança destaca a importância de estudos continuados e aperfeiçoamento das previsões meteorológicas, que são essenciais para a mitigação de riscos e preparação para eventos climáticos extremos em escala global.

Publicidade

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.