Uma empresária, proprietária de um hotel em Goianésia, região central de Goiás, morreu após passar por cirurgias plásticas de mamoplastia e lipoaspiração na capital do estado. Conforme o boletim de ocorrência (BO), a mulher faleceu em razão após as intervenções cirúrgicas.
A família denuncia que houve negligência médica e falta de socorro. Fábia Portilho foi operada na última sexta-feira (3) e morreu na noite de terça-feira (7), por um tromboembolismo pulmonar gorduroso e choque obstrutivo.
De acordo o BO, a polícia solicitou exame cadavérico para verificar a causa da morte da empresária. O caso será investigado pelo delegado Breynner Vasconcelos, de Goiânia.
Mariana Batista, prima de Fábia, disse que ela era uma a mulher apaixonada por motocicletas e esportes radicais. Segundo a Mariana, ela gostava de ir a festas, de se divertir com amigos, além de frequentar diversos círculos sociais. “[Ela era] empoderada, entrava em qualquer lugar, em qualquer nível social”, disse ela ao G1.
Família da empresária desconfia de negligência médica
Na quarta-feira (8), a família de Fábia denunciou a morte dela à Polícia Civil. Conforme relato do boletim, a empresária realizou as cirurgias plásticas na última sexta-feira (3), em Goiânia, e recebeu alta médica no domingo (5). No entanto, ela voltou ao hospital na manhã de terça-feira (7) com dores abdominais.
“Ela foi internada e fez exames de sangue. A família pediu uma tomografia, mas os médicos disseram que ela estava só com anemia e não precisava da tomografia, só bolsas de sangue”, relatou Mariana.
Conforme o relato da família à polícia, Fábia gritava de dor e, mesmo assim, os plantonistas e o médico que fez a cirurgia não a examinaram ou pediram a tomografia.
“Quando houve a troca de plantão, a médica viu que era uma infecção grave e disse que a Fábia precisava de uma unidade de terapia intensiva (UTI)”, afirmou a prima.
De acordo com a prima, Fábia já chegou ao outro hospital com embolia e septicemia. Segundo ela, o médico não acompanhou a paciente e afirma que demorou mais de 10 horas para que a vítima fosse encaminhada à segunda unidade de saúde.
Mulher de 42 anos morre em cirurgia plástica de 10 h de duração (mamoplastia, abdominoplastia e outra que não mencionaram) Em clínica sem CTI. Intercorrência no pós-operatório e não teve assistência adequada. Mais uma
— Lica (@corralicacorra) April 29, 2024