Entre seca e tempestade: A influência da La Niña no clima brasileiro!

A expectativa em torno do fenômeno La Niña permanece alta

Entre seca e tempestade: A influência da La Niña no clima brasileiro!
Entre seca e tempestade: A influência da La Niña no clima brasileiro! – Crédito: Getty Images

A expectativa em torno do fenômeno La Niña, que normalmente afeta padrões climáticos globais, permanece alta. Inicialmente previsto para iniciar em setembro deste ano, a confirmação do evento ainda está pendente de acordo com as atualizações da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). Essa hesitação nas previsões está ligada a fenômenos climáticos que exercem influência sobre a formação de La Niña.

Publicidade

Como a Oscilação de Madden-Julian afeta o clima no Brasil?

A Oscilação de Madden-Julian (MJO) é um dos elementos climáticos que têm implicações diretas sobre o clima no Brasil. Caracterizada por ser uma banda móvel de tempestades, a MJO influencia o padrão de chuvas ao se deslocar ao redor da Terra. Neste momento, sua movimentação direciona-se do Sudeste Asiático ao Oceano Pacífico, o que promete trazer aumento de umidade para o Centro-Oeste e Norte do Brasil. Essas regiões, impactadas por períodos de seca, poderão se beneficiar de uma maior ocorrência e intensidade de chuvas.

Como o GLAAM influencia o clima no Brasil?

Outro fator significativo é o Global Atmospheric Angular Momentum (AAM), indicador do movimento rotacional da atmosfera terrestre. O estado atual do AAM sugere que os ventos em altitudes elevadas, ou correntes de jato, estão mais intensos.

Impactos do fenômeno La Niña no litoral de São Paulo e no Brasil
Nuvens de chuva – Crédito: Divulgação/O Presente Rural

No contexto do Hemisfério Sul, esses ventos desempenham um papel no comportamento do vórtice polar antártico, influenciando o confinamento de ar frio nas regiões polares e, potencialmente, moderando as condições climáticas no Brasil.

Como a combinação da MJO e do GLAAM afeta a formação da La Niña?

A combinação da MJO e do GLAAM pode impactar a frequência e a intensidade de fenômenos como La Niña. O GLAAM, em sua fase positiva, pode desacelerar o resfriamento do Oceano Pacífico, fator essencial para a formação da La Niña. Simultaneamente, a MJO propaga umidade e calor, modificando a interação oceano-atmosférica e tornando menos provável uma La Niña intensa.

Publicidade

Qual a previsão para a La Niña?

Embora haja indicativos de que La Niña possa ocorrer limitadamente, projeta-se que suas características sejam brandas e rápidas. As condições atuais sugerem um cenário de neutralidade para o Brasil, influenciado por taxas de temperatura mantidas na média ou ligeiramente abaixo do esperado por um período contínuo. Este cenário aponta para um período com condições climáticas predominantemente neutras, sem eventos extremos associados ao La Niña em plena força.

A previsão para as próximas semanas no Brasil destaca um incremento nas chuvas, especialmente nas áreas do Centro-Oeste, Sudeste e Norte que precisam de recuperação hídrica. Este aumento será impulsionado pela interação das correntes de jato e os movimentos da MJO, favorecendo a circulação atmosférica e a formação de sistemas de precipitação.

Publicidade
Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.