METRALHADORAS

Exército do DF investiga furto de 21 armas de quartel em SP; 480 militares seguem retidos

O general Achilles Neto, do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, da capital federal, comanda apuração

Exército do DF investiga furto de 21 armas de quartel em SP; 480 militares seguem retidos
Sede do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, na região metropolitana (Crédito Foto: Reprodução/Exército brasileiro)

Uma comitiva do Exército em Brasília, no Distrito Federal (DF), chegou neste final de semana a Barueri, na Grande São Paulo, para ajudar na investigação sobre o furto de 21 metralhadoras do quartel da cidade.

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O órgão vai ouvir os cerca de 480 militares que seguem retidos no Arsenal de Guerra de Barueri desde terça-feira (10), quando uma inspeção interna apontou o sumiço das armas. Eles não podem ir para a casa e tiveram seus celulares confiscados. Familiares têm ido até a porta do quartel pedir informações dos “aquartelados”.

O general Achilles Furlan Neto, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (DCT), da capital federal, comanda as investigações juntamente com comandantes do Comando Militar Sudeste (CMSE), na capital paulista. O general chegou este sábado (14).

Fontes da reportagem do portal G1 avaliam se o sumiço do armamento ocorreu por alguma falha da segurança do Arsenal de Guerra ou se tem algum militar envolvido no furto.

Mesmo que toda a tropa da base de Barueri esteja “aquartelada”, o Exército não trata a medida como uma prisão. E informou que ela é necessária para tentar localizar e recuperar o armamento. Desapareceram 13 metralhadoras calibre .50, que podem derrubar até aeronaves, e oito metralhadoras calibre 7,62.

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Segundo o Instituto Sou da Paz, esse foi o maior desvio de armas de uma base do Exército brasileiro desde o ano de 2009, quando sete fuzis foram roubados por criminosos de um batalhão em Caçapava, interior de São Paulo. Naquela ocasião a polícia paulista recuperou todas as armas e prendeu suspeitos pelo crime, entre eles um militar.

Íntegra da nota do Comando Militar do Sudeste sobre o caso:

“O Comando Militar do Sudeste informa que, no dia 10 de outubro de 2023, em uma inspeção do Arsenal de Guerra de São Paulo, foi verificada uma discrepância no controle de 13(treze) metralhadoras calibre .50 e 8 (oito) de calibre 7,62, armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção. Imediatamente, foram tomadas todas as providências administrativas com o objetivo de apurar as circunstâncias do fato, sendo instaurado um Inquérito Policial Militar.

“Toda tropa está aquartelada de prontidão (cerca de 480 militares), conforme previsões legais, para poder contribuir para as ações necessárias no curso da investigação. Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação.

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Os armamentos são inservíveis e estavam no Arsenal que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também para iniciar o processo desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada”.

 

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