EM RIBEIRÃO PRETO

Gêmeas siamesas têm boa evolução após serem separadas em cirurgia, diz hospital

O caso das irmãs Mariah e Allana é extremamente raro, com um registro a cada 2,5 milhões de nascimentos

Gêmeas siamesas têm boa evolução após serem separadas em cirurgia, diz hospital
As gêmeas nasciram unidas pela cabeça; o quarto e último procedimento cirúrgico demorou 25 horas para ser completado (Crédito Foto: Arquivo Pessoal)

As gêmeas Allana e Mariah, de 2 anos, que nasceram unidas pela cabeça, têm boa evolução clínica depois de serem totalmente separadas em uma cirurgia que durou cerca de 25 horas. A informação foi divulgada pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), onde elas estão internadas.

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Mesmo com a boa evolução, as irmãs seguem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), acompanhadas dos pais. Não há, ainda, previsão de alta.

“No primeiro dia após a separação das gêmeas, foram realizados exames laboratoriais e de imagem que mostram boa evolução. As meninas seguirão sob cuidados intensivos”, informou o boletim médico.

Esta cirurgia final, dentre outras realizadas nos últimos meses, começou ainda nesse sábado (19) e terminou por volta das 8h desse domingo (20), ou seja, cerca de 25 horas depois. Ao todo, 50 profissionais participaram do procedimento, entre médicos, enfermeiros, instrumentadores e equipe de apoio.

Os detalhes sobre como foi a cirurgia e o estado de saúde das irmãs deverão ser divulgados em uma coletiva de imprensa prevista para o final do mês de setembro.

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No procedimento cirúrgico, estava prevista a dissecção de cerca de 25% dos vasos sanguíneos que ainda restavam para ser separados. As gêmeas também seriam submetidas à cranioplastia, etapa para fechar a calota craniana e da pele que recobre a cabeça de cada uma das meninas.

A cirurgia final estava previamente marcada para acontecer no mês de julho, porém teve que ser adiada após as irmãs apresentarem suspeita de dengue.

A terceira cirurgia para separação dos crânios das gêmeas siamesas aconteceu no dia 11 de março, em um procedimento que durou sete horas.

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Allana e Mariah passaram pela primeira neurocirurgia em agosto de 2022, quando tiveram as veias do cérebro separadas. Três meses depois, em novembro, elas foram submetidas ao segundo procedimento.

O caso das meninas é extremamente raro, com um registro a cada 2,5 milhões de nascimentos. As irmãs nasceram em Ribeirão Preto no dia 9 de dezembro de 2020.

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