O casal de influenciadores Paulinha Ferreira e Ygor Ferreira foram presos na manhã desta terça-feira (25) por supostamente divulgarem links “viciados” enquanto incentivavam seus seguidores a apostar no “Jogo do Tigrinho”. Os criadores de conteúdo apresentavam uma vida de ostentação nas redes sociais, fator que chamou atenção dos policiais responsáveis pela Operação Game Over.
Quem são os influenciadores?
Paulinha Ferreira começou sua carreira nas redes sociais quando tinha uma loja de roupas e divulgava as peças no Instagram. Conforme foi sua presença online foi crescendo, passou a provar produtos de outras lojas.
Há aproximadamente dois anos, a influenciadora começou a divulgar jogos online, compartilhando seus ganhos e ensinando seguidores a se dar bem na prática. Seus ganhos começaram baixos, mas se tornaram cada vez mais altos.
Quando tinha mais de 1 milhão de seguidores, sua conta foi derrubada por ordem judicial. De acordo com a Polícia Civil, os links que divulgava eram de contas “demo”, com ganhos impossíveis.
Opulência
Paulinha vinha mostrando um estilo de vida de muita ostentação. De carros de luxo a viagens internacionais, realizou lançamentos milionários de suas plataformas próprias com a ajuda de outros influenciadores. Durante a operação, a polícia apreendeu sua Porsche Veloster, Ferrari e Land Rover.
Ygor, por sua vez, é um advogado criminalista. Ele trabalhava em um escritório de Maceió, mas se tornou tema de alguns dos vídeos da parceira sobre os jogos online. Com o passar do tempo, largou a advocacia e passou a divulgar links de alto ganho para seguidores.
Ela e Ygor assumiram o namoro no ano passado. Logo menos, se casaram e deram uma grande festa com muitos convidados.
Influenciadores presos na operação Game Over
Os casal foi preso e levado para a delegacia nesta terça-feira. Após prestarem depoimento, fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, passaram por audiência de custódia e foram liberados.
“Há indícios que eles tinham informações privilegiadas sobre a operação. Eles compraram passagens para Dubai na noite anterior à deflagração da operação. Quando a polícia chegou na casa deles, estava abandonada. Por isso, fiz uma representação e a 17ª Vara aceitou e decretou a prisão preventiva deles”, explica o delegado Lucimério Campos.