O inverno de 2024 tem sido uma montanha-russa climática para os habitantes do Rio Grande do Sul. Após um junho excepcionalmente quente, as últimas duas semanas marcaram uma mudança radical, com temperaturas despencando para marcas abaixo de zero. Este fenômeno destacou de forma significativa o auge do inverno na região.
Enquanto o Rio Grande do Sul enfrentava temperaturas congelantes, outras áreas do Centro-Sul do país experimentaram um junho com temperaturas muito acima da média, o que ilustra a grande diversidade climática do Brasil. O exemplo mais notório foi São Paulo, que teve o junho mais seco e mais quente em quase 80 anos.
O que esperar para o resto do inverno?
No fim de junho, uma intensa massa de ar polar invadiu o sul do Brasil, provocando uma queda drástica nas temperaturas e levando geada a muitos municípios gaúchos. Em Porto Alegre, a estação de referência climatológica do bairro Jardim Botânico registrou uma máxima de apenas 14,5 °C nos primeiros treze dias de julho, 5,3 °C abaixo da média histórica.
Como foi o impacto do frio nas semanas recentes?
As duas primeiras semanas de julho no Rio Grande do Sul foram marcadas por um frio que foi de intenso a extremo. Em Pinheiro Machado, por exemplo, os termômetros marcaram impressionantes 9,1 °C abaixo de zero no dia 9. Este período de frio severo, embora atípico, não é algo novo, já que similares ocorreram em outros anos, sempre deixando a população em alerta.
O restante do inverno, contudo, promete ser menos rigoroso. Segundo previsões climáticas, espera-se que as temperaturas se elevem nos próximos dias, com a predominância de dias mais quentes, especialmente na faixa central do Brasil, incluindo parte dos estados do Centro-Oeste e Sudeste.
Como será o clima no Centro e Sul do Brasil até o final de agosto?
O modelo climático do Centro Meteorológico Europeu indica um aumento gradual na temperatura para o Centro do Brasil, com maior variabilidade no Sul. Isto sugere que, embora ainda possamos esperar alguns dias frios até o final de agosto, a tendência é de um clima mais ameno na maior parte do tempo.
Adicionalmente, o fenômeno La Niña, que está previsto para se manter durante o trimestre de agosto a outubro, pode influenciar a ocorrência de temperaturas mais baixas no final do inverno e no início da primavera. Os eventos de frio deverão ser pontuais e não tão prolongados como os observados no final de junho e início de julho.
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