risco de vida

Ketamina: com acesso pelo Paraguai, droga marca presença em festas de MS

Morte de Djidja Cardoso em decorrência da substância gerou repercussões nacionais sobre seu uso no país; Mato Grosso do Sul é via de acesso por causa da fronteira com Paraguai

ketamina
Uso da ketamina no Brasil tem se popularizado; droga prima do LSD pode ser letal – Créditos: Canva

Anteriormente vendida ilegalmente, a ketamina, conhecida como ‘tranquilizante para cavalos’, está se tornando cada vez mais comum. No Mato Grosso do Sul, a facilidade de obter a droga sem receita médica em lojas na fronteira com o Paraguai tem contribuído para sua propagação, especialmente em festas e eventos noturnos.

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Ganhando popularidade desde 2022, a ketamina voltou a ser destaque após a morte da influenciadora Djidja Cardoso por uma suposta overdose causada pelo uso excessivo do anestésico, também referido como cetamina. Ela foi encontrada sem vida em sua residência, em Manaus, na última terça-feira (28).

A ketamina é um anestésico de venda e uso regulamentados. Recentemente, médicos têm prescrito o medicamento em doses baixas e sob supervisão para tratar casos graves de depressão. Contudo, o uso ilegal da substância como alucinógeno em festas é frequente. Devido ao seu efeito sedativo, criminosos também têm usado a cetamina como droga para o golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”.

Chamada de ‘irmã do LSD’, ela possui ação rápida e efeito curto – dura entre 30 e 60 minutos. Apesar da popularidade, a droga possui um alto custo. De acordo com um levantamento da Agência Cenarium, um frasco de 50 ml de Cetamina pode valer até R$ 400 se adquirido de forma lícita, e entre R$ 600 e R$ 800 no mercado ilegal.

No Brasil, a comercialização do medicamento acontece em lojas especializadas para animais. Contudo, é obrigatória a prescrição médica e retenção de receita.

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Caso Djidja e a ketamina

Dilemar Cardoso Carlos da Silva, conhecida como Djidja, morreu aos 32 anos. A influenciadora era conhecida por ser ex-sinhazinha do Boi Garantido, parte das tradições do festival de Parintins, no Amazonas. Porém, ela e seus familiares eram investigados há 40 dias por supostamente participarem de uma seita que promovia o uso interno da substância.

Após a morte de Djidja, a Polícia Civil do Amazonas prendeu sua mãe e seu irmão, Cleusimar Cardoso Rodrigues e Ademar Farias Cardoso Neto, por conduzirem rituais envolvendo a droga na seita. O CFF (Conselho Federal de Farmácia), divulgou que a polícia encontrou ampolas de ketamina, seringas e agulhas nas unidades dos salões de beleza da família.

 

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