La Niña pode se desenvolver em 2024: O que isso significa para o clima no Brasil?

La Niña deve chegar em 2024, trazendo impactos significativos para o Brasil. Regiões Sul e Centro-Oeste podem enfrentar seca e estiagem, enquanto o Norte e Nordeste devem experimentar chuvas acima da média.

La Niña pode se desenvolver em 2024: O que isso significa para o clima no Brasil?
La Niña pode se desenvolver em 2024: O que isso significa para o clima no Brasil? – Crédito: Adobe Stock

Recentes estudos da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) e do IRI (Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e Sociedade) sugerem uma probabilidade significativa de que o fenômeno La Niña se desenvolva em 2024. Mas o que isso realmente significa para o Brasil e o clima global?

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Atualmente, estamos em uma fase de ENSO-neutral (Oscilação Sul-ENSO), que deverá continuar até o período entre setembro e novembro de 2024. No entanto, há uma chance de 66% de que La Niña se forme durante esse período, com 74% de chance de persistir durante o inverno de 2024-2025 no Hemisfério Norte.

A seguir, vamos explorar em detalhes o que esses relatórios preveem e quais podem ser as repercussões para o clima brasileiro.

O que dizem os relatórios sobre a possível La Niña em 2024?

Os recentes relatórios da NOAA e do IRI indicam uma série de sinais que levam à possibilidade de La Niña. As temperaturas da superfície do mar no Pacífico estão próximas da média, com uma queda notável em algumas áreas em julho de 2024. Essa queda de temperatura é considerada uma das primeiras indicações de La Niña.

Além disso, os ventos de superfície na região central e oriental do Pacífico têm soprado de leste para oeste, ajudando a empurrar águas mais quentes para longe e, consequentemente, resfriando ainda mais o oceano.

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  • Anomalias térmicas na superfície do mar indicando resfriamento.
  • Ventos de leste para oeste intensificando o resfriamento do Pacífico.
  • Aumento das temperaturas subsuperficiais, sinalizando condições favoráveis para La Niña.

Qual é o impacto esperado de La Niña no Brasil?

Se La Niña se confirmar, o Brasil poderá experimentar alguns efeitos climáticos significativos. Estes efeitos variam de acordo com a região do país:

Secas severas no Sul:

A região Sul do Brasil é notoriamente afetada por La Niña, que frequentemente reduz a quantidade de chuvas. Essa diminuição pode levar a secas intensas, prejudicando a agricultura, especialmente as culturas dependentes de chuva, como soja e milho. Além disso, a escassez de água aumenta o risco de incêndios florestais e pode comprometer os níveis dos reservatórios, afetando o fornecimento de água e energia.

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Chuvas intensas no Norte e Nordeste:

Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste podem experimentar um aumento considerável nas chuvas. Essa precipitação extra pode ser benéfica para a agricultura, mas também pode levar a enchentes e deslizamentos de terra, especialmente em áreas vulneráveis.

O que esperar nos próximos meses?

A probabilidade de La Niña se formar é alta, especialmente entre setembro e novembro de 2024, e suas repercussões podem perdurar até o início de 2025. Dado o impacto significativo que esse fenômeno pode trazer, é crucial que agricultores, gestores de recursos hídricos e a população em geral fiquem atentos às atualizações climáticas.

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A NOAA e outras organizações de pesquisa continuarão a fornecer relatórios regulares sobre as condições do ENSO, ajudando a mitigar possíveis impactos através de uma comunicação eficaz.

Por que acompanhar as previsões climáticas?

Manter-se atualizado é a melhor forma de se preparar para as possíveis mudanças climáticas que vêm com La Niña, garantindo que todos estejam bem informados e possam tomar as medidas necessárias para reduzir os impactos adversos.

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