O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 60 dias o inquérito que apura as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a vacina contra Covid poder desenvolver Aids.
A decisão do ministro atende a um pedido da Polícia Federal, feito pela delegada da PF Lorena Lima Nascimento. A investigação foi aberta no dia 3 de dezembro de 2021, com a autorização de Moraes.
O ministro também autorizou que a PF encaminhe ofício ao Google para que a empresa forneça, em 10 dias, o vídeo onde o presidente fez a relação mentirosa entra a vacina da Covid e a Aids.
Fake News nas transmissões online
A notícia falsa foi divulgada pelo presidente em uma live nas redes sociais no dia 22 de outubro. O ‘ao vivo’ de Bolsonaro foi retirada do ar por Facebook, YouTube e Instagram.
Na transmissão, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo Aids “muito mais rápido que o previsto”. Entretanto, não há qualquer relatório oficial que faça essa associação.
Na semana seguinte, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, reafirmou que as vacinas usadas no Brasil são seguras, e que nenhuma delas aumenta a “propensão de ter outras doenças”.
*Este tweet não expressa necessariamente a opinião da Perfil Brasil*
#BolsonaroDay o presidente Jair Bolsonaro é um assassino covarde porquê espalhou a Fakenews dizendo que a vacina contra o covid tem associação com o vírus da aids. pic.twitter.com/Ruo1OCVfB4
— EDSON FILHO (@EdsonFilho74) April 1, 2022