violência no rio de janeiro

“Não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido”, diz Lula

O chefe do Governo Federal disse que teve uma reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o ministro da Defesa, José Mucio, para debater a respeito da atuação no RJ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não quer as Forças Armadas na favela brigando com bandido.
(Crédito: Ricardo Stuckert/PR)

Ao falar sobre o plano de ação para combater o aumento da violência urbana no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não quer “as Forças Armadas na favela brigando com bandido“, acrescentando que “não é esse o papel” da instituição, e que “enquanto for presidente, não tem GLO (Garantia da Lei e Ordem)“.

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O chefe do Governo Federal disse que teve uma reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o ministro da Defesa, José Mucio, para debater a respeito da atuação no Estado. A onda de violência no Rio de Janeiro tem chamado a atenção e preocupado moradores – os casos mais recentes que tiveram repercussão nacional incluem as mortes de um grupo de médicos em um quiosque na Barra da Tijuca e os ataques a ônibus motivados pela morte de um miliciano.

Determinei que a Aeronáutica pode reforçar o policiamento dos aeroportos. E a Marinha pode reforçar o policiamento dos portos brasileiros. Porque nos aeroportos a droga e as coisas que são contrabandeadas são quilos, nos navios são em toneladas, ou seja, são contêineres de 30, 40 toneladas. É preciso que a Marinha tenha essa disposição. Foi feito um acordo com o ministro da Justiça, com o ministro da Defesa e com o governo do Estado. Nós vamos ajudar“, detalhou Lula.

Dois dias antes, o governador Cláudio Castro viajou a Brasília para percorrer gabinetes de ministros do governo e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a fim de pedir ajuda ao estado e um endurecimento na legislação para punir criminosos que utilizem armamento de guerra.

O presidente Lula garantiu, ainda, que o Rio de Janeiro terá o apoio da Polícia Federal. “A Polícia Federal tem que ajudar, está investindo em inteligência, detectando as pessoas e prendendo as pessoas, mas a gente não vai fazer nenhuma intervenção, como já foi feita há pouco tempo, em que se gastou uma fortuna“, pontuou.

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