Por Lilian Coelho
O Brasil tem um novo Ministro da Saúde: Marcelo Queiroga. Médico, Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, chega com a missão de trazer celeridade à aquisição de vacinas. Tarefa nada fácil: O Brasil virou destaque mundial como epicentro da pandemia.
Ser Ministro da Saúde virou uma aposta incerta. Já é o 4º nome na gestão Bolsonaro. Antes do General Pazuello, a escolha foi técnica: o oncologista Nelson Teich, que ficou de abril a maio de 2020 no cargo. Antes, o escolhido foi o também médico Luiz Henrique Mandetta, que durou de janeiro a abril do mesmo ano.
Agora, um cardiologista. Haja coração.
Ontem, em meio às especulações em torno de um nome, Pazuello convocou a imprensa para uma coletiva.
Afirmou que não está doente e que não pediu para sair. Afirmou que está à disposição para ajudar o substituto, que está a caminho e falou em “continuidade”.
Disse que esteve com Bolsonaro e a médica Ludhmila Hajjar, que não aceitou substituí-lo no cargo alegando “falta de convergência técnica”.
De máscara, Pazuello ressaltou seus feitos à frente da pasta no combate à covid:
“Somos o 5º país do mundo na distribuição de vacinas”, ressaltou, garantindo que a estratégia de vacinação nacional elaborada por sua equipe é a grande vitória do país.
Durante o encontro, anunciou a compra de mais de 138 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Janssen para reforçar nosso programa de imunização.
Feitos que parecem não impressionar alguns parlamentares, que convocaram Pazuello para dar explicações sobre eventuais irregularidades na condução da pandemia, especialmente o colapso no norte do país. Apesar dos alertas, faltou oxigênio, vacina e estrutura para atender boa parte da população do Amazonas.
Pazuello encerrou a entrevista afirmando estar orgulhoso de seu papel. E disse que está “não é uma palavra de despedida”. Mas foi.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil.