R$ 10 milhões

O que se sabe sobre a compra mansão da cantora Simone Mendes por ladrões russos?

Foram apreendidos com os criminosos US$ 223.944 (equivalente a pouco mais de R$ 1 milhão), R$ 55 mil, celulares e relógios de luxo

Foram apreendidos com os ladrões russos US$ 223.944 (equivalente a pouco mais de R$ 1 milhão), R$ 55 mil, celulares e relógios de luxo.
Automóveis apreendidos pela PF – Créditos: Divulgação/ PF

A mansão que pertenceu à cantora de sertanejo Simone Mendes em Fortaleza (CE) estava sendo espaço de ostentação para ladrões russos, que foram presos pela Polícia Federal (PF) na Operação Brianski na manhã desta terça-feira (27).

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Foram apreendidos com os criminosos US$ 223.944 (equivalente a pouco mais de R$ 1 milhão), R$ 55 mil, celulares e relógios de luxo. De acordo com as investigações, os ladrões russos se aliaram a brasileiros para lavar dinheiro com recursos frutos de crimes praticados no exterior, utilizando criptomoedas.

A operação cumpre dez mandados de busca e apreensão: seis em Florianópolis (SC), dois em Eusébio (CE) e dois em Goiânia (GO). Os quatro principais alvos das investigações sofreram várias medidas implementadas, como monitoramento eletrônico, proibição de deixar o país e de transacionar criptoativos, além do sequestro de bens, como casas, apartamentos e automóveis de luxo adquiridos no Brasil.

Ainda, foram aplicados bloqueios a contas bancárias vinculadas a 25 pessoas físicas e jurídicas, além de contas em exchanges – espaço para compra e venda de criptomoedas – visando sequestro de valores em moeda nacional e de criptoativos.

O crime

A Polícia iniciou suas investigações após receber informações de que cidadãos russos estariam morando em Florianópolis para desfrutar de dinheiro vindo da prática de crimes em sua terra natal.

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Durante a verificação, foi descoberto que os principais investigados já haviam sido condenados na Rússia por crimes de fraude e tentativa de roubo. Após conseguirem se fixar no Brasil, eles passaram a integrar quadros societários de empresas e comprar bens móveis e imóveis, alguns através de grandes pagamentos em espécie.

As investigações ainda revelaram que, para integrar o dinheiro vindo da lavagem de capitais, eles contaram com o auxílio de brasileiros, que utilizaram empresas sediadas em Goiás. As movimentações financeiras feitas por todos tinham origem em transações de criptomoedas.

Nas contas exchange, as criptomoedas eram recebidas e convertidas em reais para serem posteriormente transferidas para contas dos ladrões russos no Brasil, de seus familiares e de suas empresas. Eram utilizadas para compra de imóveis de alto padrão e de automóveis de luxo, alguns registrados em nome de outras pessoas.

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Eles estão sendo investigados por lavagem de dinheiro, que prevê pena de até dez anos de reclusão e multa.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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