ASSÉDIO

O que se sabe sobre a morte da policial Rafaela Drumond?

A escrivã da Polícia Civil de Minas Gerais foi encontrada morta na casa dos pais no dia 9 de junho. Há evidências de que ela teria sofrido assédio no ambiente de trabalho

A escrivã da Polícia Civil de Minas Gerais foi encontrada morta na casa dos pais no dia 9 de junho. Há evidências de que ela teria sofrido assédio no ambiente de trabalho
(Crédito: Reprodução/ Redes sociais)

O caso da escrivã da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Rafaela Drumond, encontrada morta na última sexta-feira (9), vem gerando comoção no Estado e nas redes sociais. A mulher de 31 anos foi achada na casa dos pais, na cidade de Antônio Carlos (MG), e a ocorrência foi registrada como suicídio.

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A PCMG declarou ontem (15) que foi instaurado um inquérito para apurar os fatos, e que as investigações seguem em andamento em Barbacena (MG). Rafaela atuava como escrivã na Delegacia de Polícia Civil em Carandaí (MG), e de acordo com o chefe do 13º Departamento de Órgão, delegado-geral Alexsander Soares Diniz, a jovem “era uma policial querida pelos policiais e gostava do exercício da profissão“.

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Suspeita de assédio

O início da investigação se deu após a Polícia ter acesso a vídeos e áudios gravados por Rafaela, indicando que ela teria sofrido assédio moral no ambiente de trabalho. Após a morte da vítima, o Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) informou ter recebido informações de que a escrivã vinha sendo submetida a assédio moral e sexual, além de pressão com sobrecarga na Delegacia.

Em nota pública, o Sindicato afirmou que “também há informações sobre casos de afastamento de policiais por questões de saúde mental na regional onde laborava a escrivã, porém infelizmente essa tragédia aconteceu antes de termos a oportunidade de comparecer ao local“.

Segundo a PCMG, há evidências de que ela teria sofrido assédio no ambiente de trabalho
(Crédito: Divulgação/ PCMG)

A Corregedoria da PCMG, por sua vez, informou que está averiguando “eventuais transgressões disciplinares” de servidores da instituição no caso. “Buscamos uma investigação isenta, imparcial e profissional; rápida, mas rigorosa, pela exatidão que o fato requer”, disse Alexsander Diniz.

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Homenagens

Nesta última quinta-feira, que marcou o sétimo dia desde o falecimento de Rafaela Drumond, policiais da PCMG se reuniram para prestar homenagens à colega de profissão. Conforme o portal g1, os servidores fizeram uma oração em conjunto antes de seguirem para uma missa que seria celebrada em Barbacena.

Em algumas unidades da Polícia Civil de Minas Gerais, um cartaz foi fixado nas portas exibindo o nome da vítima e as palavras “luto”, “manifesto público” e “homenagem pela escrivã da Polícia”.

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