PERIGO

O que se sabe sobre ‘agulhadas’ no Carnaval do Recife e de Olinda?

29 pessoas foram vítimas e até agora não há informações de investigações

Durante o Carnaval deste ano, em Pernambuco, houve uma onda de 'agulhadas', ataques nos quais o criminoso injeta uma substância desconhecida no braço das vítimas.
Carnaval em Pernambuco – Créditos: Arquimedes Santos/ Prefeitura de Olinda

Durante o Carnaval deste ano, em Pernambuco, houve uma onda de ‘agulhadas’, ataques nos quais o criminoso injeta uma substância desconhecida no braço das vítimas. Nas festas de Recife e Olinda, 29 pessoas foram vítimas, sendo 16 mulheres e 13 homens. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), todas procuraram o Hospital Correia Picanço, na Tamarineira, zona norte do Recife. As vítimas passaram por procedimentos de protocolo, devido ao alto risco de transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (IST), como sífilis e HIV.

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O protocolo envolve um atendimento clínica, coleta e análise de exames, receita de medicamentos e concessão de Profilaxia Pós-Esposição ao HIV (PEP). Essa é uma série de remédios que auxilia na prevenção do HIV, já que evita que o vírus se instale no organismo da pessoa após contato com a doença. São 28 doses, ingeridas uma por dia.

De acordo com o governo Pernambucano, os casos se dividiram em: 11 vítimas no Carnaval de rua de Olinda; sete no Marco Zero, centro principal de shows e festas de Pernambuco; seis durante o desfile do Galo da Madrugada, no centro da cidade, no dia 10 de fevereiro; e cinco não foram divulgados.

Todas as vítimas deverão fazer acompanhamento clínico com o hospital, onde deverão fazer exames logo após 30 e 90 dias do ocorrido. Até o momento, a Polícia Civil não divulgou informações sobre possível investigação dos casos.

Nos Carnavais de 2019 e 2020 houveram registros das ‘agulhadas’ no carnaval de Pernambuco. Em 2019, foram quase 300 vítimas e em 2020 foram 215, das quais 78 registraram boletim de ocorrência. Neste meio tempo, retratos falados de dois suspeitos chegaram a ser feitos, porém nunca houveram prisões.

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*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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